As múmias da Luz
Os jornais divulgaram nos últimos dias a descoberta de duas múmias escondidas num vão de parede do Mosteiro da Luz, em São Paulo. Segundo os especialistas (o que é exatamente um especialista em múmias ? Um mumificador ou mumiólogo ?) são as mais bem conservadas de todas as encontradas no país.
Imagino o susto que levaram os funcionários que as encontraram: foram caçar cupins e acharam cadáveres. Ter mortas, ao invés de termitas.
Uma chama Maria Caetana e outra ainda não foi identificada. Não existem mais detalhes a respeito das duas. Os hieróglifos ainda serão desvendados por um neo-Champollion, até porque o original já está mumificado há mais de 150 anos.
O que me chamou a atenção no caso é que hoje saiu uma notícia (capa do caderno de Cidades) que podem haver outras e já estão analisando as paredes em busca de múmias perdidas. Descobri que existe até um aparelho especial tanto. Eu nunca imaginei que múmias provocassem tal avanço tecnológico.
De qualquer forma, algumas dessas afirmações demonstram o quanto o nosso jornalismo escreve acriticamente sobre o óbvio. Como assim : podem haver outras ?? Claro que existem, estão espalhadas em todos os cantos, basta prestar atenção.
Eu conheço várias. Múmias políticas, acadêmicas, empresariais, religiosas que, apesar do seu avançado estado de composição continuam firmes e inabaláveis nos seu nichos. Algumas estão dentro dos próprios veículos de comunicação e não poucas na blogosfera, o que demonstra que o uso de novas mídias não significa, obrigatoriamente, progressismo.
Nem é necessário usar nenhum sonar para identificá-las, estão encasteladas nas sua pirâmides. A maioria pode ser vista à olho nu , se bem que, no caso de várias delas, a nudez não seja algo aprazível aos olhos. São múmias ambulantes que atrapalham o desenvolvimento de muita coisa e que nunca abrem espaço para o desenvolvimento e a inovação.
Não menos recentemente, uma das mais célebres múmias da política internacional resolveu se aposentar, o que não ajudou em nada, pois foi substituída por outros mortos-vivos que estavam no banco de reservas.
O mérito de Maria Caetana e sua colega é que elas souberam a hora de sair de cena.
Imagino o susto que levaram os funcionários que as encontraram: foram caçar cupins e acharam cadáveres. Ter mortas, ao invés de termitas.
Uma chama Maria Caetana e outra ainda não foi identificada. Não existem mais detalhes a respeito das duas. Os hieróglifos ainda serão desvendados por um neo-Champollion, até porque o original já está mumificado há mais de 150 anos.
O que me chamou a atenção no caso é que hoje saiu uma notícia (capa do caderno de Cidades) que podem haver outras e já estão analisando as paredes em busca de múmias perdidas. Descobri que existe até um aparelho especial tanto. Eu nunca imaginei que múmias provocassem tal avanço tecnológico.
De qualquer forma, algumas dessas afirmações demonstram o quanto o nosso jornalismo escreve acriticamente sobre o óbvio. Como assim : podem haver outras ?? Claro que existem, estão espalhadas em todos os cantos, basta prestar atenção.
Eu conheço várias. Múmias políticas, acadêmicas, empresariais, religiosas que, apesar do seu avançado estado de composição continuam firmes e inabaláveis nos seu nichos. Algumas estão dentro dos próprios veículos de comunicação e não poucas na blogosfera, o que demonstra que o uso de novas mídias não significa, obrigatoriamente, progressismo.
Nem é necessário usar nenhum sonar para identificá-las, estão encasteladas nas sua pirâmides. A maioria pode ser vista à olho nu , se bem que, no caso de várias delas, a nudez não seja algo aprazível aos olhos. São múmias ambulantes que atrapalham o desenvolvimento de muita coisa e que nunca abrem espaço para o desenvolvimento e a inovação.
Não menos recentemente, uma das mais célebres múmias da política internacional resolveu se aposentar, o que não ajudou em nada, pois foi substituída por outros mortos-vivos que estavam no banco de reservas.
O mérito de Maria Caetana e sua colega é que elas souberam a hora de sair de cena.
Comentários