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Mostrando postagens de junho, 2011

A mesocrática antologia do bimestre

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Mensagem Mais uma edição encaropitável dos mais abcessos comentários do bimestre. Não tente descobrir a origem da frase, crie a sua própria versão insana até a insônia parece ter um novo sentido!!! pelo fato de girarmos de modo insistente em torno de nossos proprios umbigos nunca deixe um insano sozinho... Insonia pode deixar o ser humano com vontade de ler dicionário! sou eu quem esta passando pela vida sem o correto funcionamento das sinapses vão vender mostarda apenas com retenção da receita... Tenho mostarda em casa... vou tentar! Em verdade vos digo: o Marcondes não existe, é ficção!!!! você começou a estudar o cirilico.... o que fez meu casamento era um "analfabeto". O juiz que me casou tava bêbado e cegueta, além de ter quase 100 anos e usar fralda descartável. os buracos negros carregam grandes mistérios e dos bons! Vou me atirar no primeiro buraco que encontrar Tem mais é que levar peteleco. Não seria mais fácil ela dar aqueles beliscões afetivos?? Tô cheia de ver ge

Uma ova!

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Leon sempre fora apaixonado por Sulana, mesmo sabendo que suas chances com ela eram remotíssimas. É verdade que nunca perdia a esperança. A forma que encontrou de permanecer sempre perto dela foi oferecendo sua amizade, o que ela nunca recusou. Acompanhou de perto todas as suas desventuras com o namorado, um tipo que não dava a ela um átomo do valor que ela merecia. Mesmo assim, nunca tentou tirá-la dele. Preferia tê-la chorando no seu ombro que o risco dela encontrar alguém melhor. Adorava ser o seu protetor. Até o dia em que Sulana praticamente desapareceu. Não telefonava mais, mas respondia os seus torpedos e, pior, nunca mais tinha tempo para um café no meio da tarde. Não demorou muito para ele descobrir o que estava acontecendo. Sulana encontrara um outro homem que a fazia feliz e não queria dedicar tempo senão a ele. Leon tentou se reaproximar de todas as formas, chegando mesmo a irritar Sulana com a sua insistência. Resolveu ser simpático. Chef de um restaurante francês, Leon c

A paixão calculada

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Apesar de ter um livro de poemas ditos "eróticos" (na minha opinião, poucos o são), Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos mais insinuantes poema da língua portuguesa, " A paixão medida ", um hino de louvor à métrica grega e latina. Eu me atrevo a provocar Drummond (desafiá-lo), através da matemática. Afinal de contas, a paixão pode ou não ser calculada? A paixão calculada Matemática te amei, com ternura contínua e gesto variável . Tuas abcissas às minhas com força entrelacei. Em dia logarítmico , o instinto multívoco rompeu, radiano a porta vetorial . Gemido colinear entre breves tangentes . E que mais, e que mais, no crepúsculo integral , senão a quociente lembrança de trigonométrica , da algébrica , incalculável delícia?

Quatro estações

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Para ler ouvindo as 4 estações de Vivaldi ou as 4 estações de Piazzolla, ou ambas. Ele nasceu no inverno, ela no outono, ele sofria no verão, ela odiava o frio. Ela o viu a primeira vez no inverno, ele, na verdade, nem reparou muito nela. Ele a reviu no outono seguinte, ela nem notou sua presença. As estações se sucederam sem que tivessem muito contato. Um inverno de relacionamento. Reencontraram-se num fim de primavera, mas não conversaram até o final do verão. No outono as folhas caiam enquanto a amizade frutificava. Inverno, primavera, verão... Então ele teve um outono quente. Ela teve um inverno acalorado. A primavera os acolheu com suas flores e perfumes. O novo verão os fundiu em seu calor. Amalgamaram-se no outono gelado. Solidificaram-se nos rigores do inverno. Amaram-se eternamente até o final de todas as estações.

O baú do Noé

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O baú do motoqueiro trazia em letras garrafais " Entregas Arca de Noé ". Claro que, naquele momento, em meio ao trânsito caótico de São Paulo, todas as piadas possíveis passaram pela minha cabeça (nada como um bom congestionamento para tirar a mente da ociosidade). Surgiram à minha frente motocicletas flutuantes, especialmente desenhadas para os dias de enchentes e alagamentos. Imaginei que poderia ser uma empresa especializada em transporte de animais (somente em casais, é óbvio), mas não consegui imaginar um par de rinocerontes sobre uma moto 125cc. A sede da empresa, a meu ver, deveria ser na rua Monte Ararat em Osasco, mas me enganei, eles estão instalados na zona oeste de São Paulo, perto do Rio Pinheiros, o que facilita a navegação. Não faço a menor idéia se o Noé dos motoboys também tem uma lojinha de vinhos, espero que, mesmo tendo, não forneça para os seus funcionários, nem que beba em serviço, seria uma maldição do Cão.