Um vestido
Anita levantou mais tarde naquele sábado. Não tinha compromissos e podia aproveitar a cama.
Ao contrário dos seus hábitos cotidianos resolveu sair da cama pelo lado oposto que costumava fazer. Só para variar, pensou.
Nada poderia ter sido mais diferente do que isso. Ao invés de sentir o pé no chão, sentiu que pisava em algo não tão rígido.
Olhou. Era uma caixa. E das grandes. E ela não fazia a menor idéia do que se tratava.
Colocou-a em cima da cama e abriu. Não era possível.
Tirou lá de dentro o vestido que tinha provado há algum tempo e pelo qual se apaixonara, mas não pudera comprar.
Procurou por algum cartão, algum bilhete, algum sinal que pudesse dar uma pista da origem do mesmo. Nada.
Mas isso nem era o mais importante naquele momento. Vestiu a roupa nova. Ficou um bom tempo se olhando no espelho.
Estava tão feliz com a descoberta que dançou sozinha no quarto. Cinderella. Era a própria Cinderella.
Mas, quem seria a fada madrinha?
Depois de tomar café da manhã começou a investigar como o vestido chegara no seu quarto.
Ligou para a mãe. Essa não sabia nada a respeito. Falou com a melhor amiga. Também não.
Foi até a loja. Conversou com as vendedoras. Uma delas reconheceu o vestido.
Um homem tinha comprado aquele vestido, há mais de um mês. Descreveu-o.
Imediatamente Anita identificou a pessoa. Rodolfo. Lembrou que tinha comentado com ele a respeito do vestido.
Mas não poderia ser Rodolfo. A última vez que tinha vindo à sua casa também fazia mais de um mês.
Aliás, fora exatamente no dia em que os dois romperam o namoro. Como é que um presente chegara só agora?
Será que ele estava querendo fazer as pazes? Pensou em ligar, mas não queria parecer oferecida, nem renovar as esperanças dele.
Passou o resto do sábado e o domingo incomodada com o assunto. Quando chegou a noite do domingo não resistiu, ligou para ele.
Ele confirmou que o presente era dele. Quando ela falou do vestido seus olhos brilharam tanto que ele foi comprá-lo em seguida.
Na noite da separação ele deixou a caixa no hall de entrada e, quando ela foi para cozinha fazer o jantar, ele o escondera debaixo da cama.
Quando brigaram durante o jantar ele ficou tão zonzo que esqueceu do presente e foi embora.
Anita foi dormir revoltada com o assunto.
Na 2a de manhã esperou pela chegada de Zoé, a sua empregada. Perguntou sobre a caixa.
Zoé disse que encontrara a caixa quando fez a limpeza debaixo da cama na 6a feira anterior e que deixara sobre o tapete.
Anita sentiu um arrepio subir pela sua espinha e, ao mesmo tempo, o sangue ferver.
Mal esperou o fim da história de Zoé e a demitiu sumariamente.
Onde já se viu ficar 33 dias sem limpar embaixo da cama?
Ao contrário dos seus hábitos cotidianos resolveu sair da cama pelo lado oposto que costumava fazer. Só para variar, pensou.
Nada poderia ter sido mais diferente do que isso. Ao invés de sentir o pé no chão, sentiu que pisava em algo não tão rígido.
Olhou. Era uma caixa. E das grandes. E ela não fazia a menor idéia do que se tratava.
Colocou-a em cima da cama e abriu. Não era possível.
Tirou lá de dentro o vestido que tinha provado há algum tempo e pelo qual se apaixonara, mas não pudera comprar.
Procurou por algum cartão, algum bilhete, algum sinal que pudesse dar uma pista da origem do mesmo. Nada.
Mas isso nem era o mais importante naquele momento. Vestiu a roupa nova. Ficou um bom tempo se olhando no espelho.
Estava tão feliz com a descoberta que dançou sozinha no quarto. Cinderella. Era a própria Cinderella.
Mas, quem seria a fada madrinha?
Depois de tomar café da manhã começou a investigar como o vestido chegara no seu quarto.
Ligou para a mãe. Essa não sabia nada a respeito. Falou com a melhor amiga. Também não.
Foi até a loja. Conversou com as vendedoras. Uma delas reconheceu o vestido.
Um homem tinha comprado aquele vestido, há mais de um mês. Descreveu-o.
Imediatamente Anita identificou a pessoa. Rodolfo. Lembrou que tinha comentado com ele a respeito do vestido.
Mas não poderia ser Rodolfo. A última vez que tinha vindo à sua casa também fazia mais de um mês.
Aliás, fora exatamente no dia em que os dois romperam o namoro. Como é que um presente chegara só agora?
Será que ele estava querendo fazer as pazes? Pensou em ligar, mas não queria parecer oferecida, nem renovar as esperanças dele.
Passou o resto do sábado e o domingo incomodada com o assunto. Quando chegou a noite do domingo não resistiu, ligou para ele.
Ele confirmou que o presente era dele. Quando ela falou do vestido seus olhos brilharam tanto que ele foi comprá-lo em seguida.
Na noite da separação ele deixou a caixa no hall de entrada e, quando ela foi para cozinha fazer o jantar, ele o escondera debaixo da cama.
Quando brigaram durante o jantar ele ficou tão zonzo que esqueceu do presente e foi embora.
Anita foi dormir revoltada com o assunto.
Na 2a de manhã esperou pela chegada de Zoé, a sua empregada. Perguntou sobre a caixa.
Zoé disse que encontrara a caixa quando fez a limpeza debaixo da cama na 6a feira anterior e que deixara sobre o tapete.
Anita sentiu um arrepio subir pela sua espinha e, ao mesmo tempo, o sangue ferver.
Mal esperou o fim da história de Zoé e a demitiu sumariamente.
Onde já se viu ficar 33 dias sem limpar embaixo da cama?
Comentários
vai ter continuação?
beijos
Vilma
Alguém tem que pagar o pato, e os funcionários sempre são os que pagam....seja a empregada ou o mordomo....kkkkk
boa semana!
beijos
Rô