De olhos fechados
Mauro sempre tentava surpreender Cecília com seus presentes.
Nem sempre conseguia, ela já o conhecia bem demais para tanto.
Mas ela não achava ruim aquela previsibilidade. Ele também a conhecia e sabia muito a respeito dos seus gostos.
Quando não eram flores, eram roupas. Quando não roupas, perfumes. Eventualmente ele comprava algo diferente.
Todas as vezes fazia a mesma tentativa de pedir que ela fechasse os olhos e tentasse descobrir.
Quando não adivinhava pelo cheiro, o fazia pelo formato do pacote.
Até que um dia Mauro resolveu mudar a embalagem.
Comprou um vestido, pediu para a lojista não colocar na caixa da loja.
Foi até uma papelaria e escolheu uma caixa de formato incomum.
Embrulhou a caixa em plástico bolha e, por fim, colocou numa sacola de estopa.
Quando chegou em casa pediu que Cecília sentasse no sofá e fechasse os olhos.
Colocou o pacote nas suas mão e fez a clássica pergunta.
Ela manuseou a estopa, apertou o pacote e sentiu as bolhas estourarem. Virou de um lado para o outro.
Ele já se sentia um vencedor quando ela lhe falou:
"- Não sei o que é, mas é vermelho."
Mauro ficou estático: " - Como assim, vermelho ?"
" - Oras, é uma coisa vermelha dentro da caixa, envolta pelo plástico bolha, em uma sacola de estopa".
E era. Um vestido vermelho cor de sangue. Do jeito que ela gostava.
Mauro continuou a mimar Cecília, mas nunca mais brincou de adivinhas.
Nem sempre conseguia, ela já o conhecia bem demais para tanto.
Mas ela não achava ruim aquela previsibilidade. Ele também a conhecia e sabia muito a respeito dos seus gostos.
Quando não eram flores, eram roupas. Quando não roupas, perfumes. Eventualmente ele comprava algo diferente.
Todas as vezes fazia a mesma tentativa de pedir que ela fechasse os olhos e tentasse descobrir.
Quando não adivinhava pelo cheiro, o fazia pelo formato do pacote.
Até que um dia Mauro resolveu mudar a embalagem.
Comprou um vestido, pediu para a lojista não colocar na caixa da loja.
Foi até uma papelaria e escolheu uma caixa de formato incomum.
Embrulhou a caixa em plástico bolha e, por fim, colocou numa sacola de estopa.
Quando chegou em casa pediu que Cecília sentasse no sofá e fechasse os olhos.
Colocou o pacote nas suas mão e fez a clássica pergunta.
Ela manuseou a estopa, apertou o pacote e sentiu as bolhas estourarem. Virou de um lado para o outro.
Ele já se sentia um vencedor quando ela lhe falou:
"- Não sei o que é, mas é vermelho."
Mauro ficou estático: " - Como assim, vermelho ?"
" - Oras, é uma coisa vermelha dentro da caixa, envolta pelo plástico bolha, em uma sacola de estopa".
E era. Um vestido vermelho cor de sangue. Do jeito que ela gostava.
Mauro continuou a mimar Cecília, mas nunca mais brincou de adivinhas.
Comentários
beijos de terça
O Mauro devia ter embrulhado um vestido azul com um cartão "vale um vestido vermelho". Queria ver ela advinhar!!!