Romance policial
Por estranho que soe, meu amor atingiu tais atmosferas de loucura que se destituiu do que mais prezava, para além de qualquer esperança de recuperação (Heloísa para Aberlardo Séc XII)
Não se sabe bem ao certo o motivo, mas Filiberto não gostava de Abelardo, o namorado de sua filha, Heloísa.
Alguns achavam que era a diferença de idade. Abelardo era bem mais velho que sua amada, quase da idade de Filiberto.
Outros atribuíam a uma discussão quase nominal sobre política.
Seja lá qual fosse o motivo, o pai proibiu a filha de encontrar o desafeto.
O que não significou muito. Heloísa, estudante de direito, contava com a cobertura de sua amiga Cibele, que trabalha no distrito policial do bairro.
Sempre que saia avisava ao pai que iria até a delegacia, onde, supostamente, estava fazendo estágio.
Abelardo sempre entrava pela porta dos fundos. Heloísa pela entrada principal. Juntavam-se no porão que, no passado, tinha sido usado para interrogatórios.
Quando não conseguiam se encontrar enviavam, através de Cibele, cartas um ao outro, em linguagem cifrada.
Tudo corria bem, até o dia em que Heloísa se descobriu grávida. Não tinha como esconder isso do pai, até porque ainda não tinha idade para casar sem a autorização dele.
Abelardo, encheu-se de coragem e foi conversar com Filiberto. Quase apanhou. No fim acabou por convencê-lo de que era melhor o casamento do que a vergonha.
Acreditando que estava se vingando Filiberto declarou que, naquele estado, sua filha só se casava na frente do delegado.
E assim foi, em plena segunda-feira, comemoraram as bodas na delegacia.
Comentários
beijos de sexta
Vilma
Hihihihi!
Bjs!
Diversão pré-almoço!