Cada um com sua tara
Eu sempre gostei da língua portuguesa, aprendi a ler cedo e nunca sofri demais fazendo a tradicional redação sobre as minhas férias. Mas foi só na 8a série que comecei a me interessar mais pelas palavras em si. Suas origens, sua história e seus usos. O mérito foi do professor Mariano no Colégio Rio Branco. Graças a ele que eu, com 14 anos, já sabia o que era uma exegese.
A minha história de amor com os verbetes se aprofundou na faculdade, duas mulheres foram as alcoviteiras desse romance, as duas professoras de Português: Beth Brait e Nina Lourenço (da primeira fui monitor, pela segunda nutri um xodó tardio por professoras).
Com o tempo fui aprendendo outras línguas e, nelas, também fui descobrindo maravilhas etimológicas e morfológicas. Até o latim passou a me interessar por ser a grande fonte de três das quatro línguas que eu consigo ler razoavelmente bem.
Por isso não consegui me segurar muito tempo quando minha prima me indicou a leitura de Tingo - o irresistível almanaque das palavras que a gente não tem. Corri para a livraria para buscar o meu exemplar.
O livro é um estudo muito bem humorado de palavras e expressões que só existem em suas línguas origem.Onde mais se descobre que itsuapork quer dizer, numa palavra só, "ir muitas vezes à porta de casa para ver se a pessoa vem vindo" ?
Mesmo que você não seja um tarado por palavras como eu, deve comprar e ler o livro. É muito divertido, a leitura é leve e é um grande estimulador da imaginação e da criatividade.
Além do que, se você for convidado para uitwaaien aradupopini, que tipo de resposta vai dar? Aceitará de bom grado ou soltará um palavrão em direção a quem lhe convidou?
Se te propuserem um mengggerumut, você topa ou foge? Pode ficar tranquilo, não é nenhum animal selvagem.
Como eu tenho meu ongubsy, posso convidá-la tanto para uma coisa como para outra.
A minha história de amor com os verbetes se aprofundou na faculdade, duas mulheres foram as alcoviteiras desse romance, as duas professoras de Português: Beth Brait e Nina Lourenço (da primeira fui monitor, pela segunda nutri um xodó tardio por professoras).
Com o tempo fui aprendendo outras línguas e, nelas, também fui descobrindo maravilhas etimológicas e morfológicas. Até o latim passou a me interessar por ser a grande fonte de três das quatro línguas que eu consigo ler razoavelmente bem.
Por isso não consegui me segurar muito tempo quando minha prima me indicou a leitura de Tingo - o irresistível almanaque das palavras que a gente não tem. Corri para a livraria para buscar o meu exemplar.
O livro é um estudo muito bem humorado de palavras e expressões que só existem em suas línguas origem.Onde mais se descobre que itsuapork quer dizer, numa palavra só, "ir muitas vezes à porta de casa para ver se a pessoa vem vindo" ?
Mesmo que você não seja um tarado por palavras como eu, deve comprar e ler o livro. É muito divertido, a leitura é leve e é um grande estimulador da imaginação e da criatividade.
Além do que, se você for convidado para uitwaaien aradupopini, que tipo de resposta vai dar? Aceitará de bom grado ou soltará um palavrão em direção a quem lhe convidou?
Se te propuserem um mengggerumut, você topa ou foge? Pode ficar tranquilo, não é nenhum animal selvagem.
Como eu tenho meu ongubsy, posso convidá-la tanto para uma coisa como para outra.
Comentários
Beijos etimológicos