Quod erat demonstrandum
Em matemática, ao encerrar-se a demonstração de um teorema usa-se a sigla QED (quod erat demonstrandum, ou seja, como queríamos demonstrar na tese proposta)
No sábado publiquei num blog sério minhas considerações a respeito dos discursos pró e contra a pesquisa com células-tronco embrionárias num texto denominado "O discurso das células". O tema já é polêmico o suficiente e, como biologia nunca foi a minha praia, não iria me meter a besta de me colocar de um lado ou de outro.
Por outro lado, sempre gostei de linguística, de semiologia e de semiótica (que não se trata de visão monocular, antes que algum engraçadinho faça essa piada). Já passei por Jackobson, Saussure, Eco, Peirce, Hjelmslev, Pignatari, mas a minha identificação maior sempre foi com Lacan e Barthes. O inconsciente é estruturado como uma linguagem, dessa forma é através da linguagem e do discurso que podemos tentar compreender o inconsciente.
Captou ? A partir dessa afirmação você já pode fazer uma análise da minha insanidade.
Voltando à bovina em temperatura subnormal... me limitei a colocar em debate a lógica verbal e não verbal de cada um dos discursos : pró e contra. Conclui que ambos estão cheios de furos e espalham uma imensa cortina de fumaça das suas verdadeiras intenções. Não, eu ainda não estou conseguindo ler através da fumaça e descobrir quais são essas mas, há muito, desisti de acreditar em idealismo puro.
Como eu já esperava recebi bombardeio dos prós e contras da pesquisa sobre células-tronco embrionárias. Cada um dos lados achou que eu estava torcendo para o outro time.
Estou me superando. Mesmo quando não tomo partido, acabam me atribuindo um e, de preferência, minha posição sempre é contra as idéias de quem está lendo. Não é a primeira vez que constato a minha imensa capacidade de conquistar desafetos.
Quando não estou de um lado nem do outro, como foi o caso, é porque estou em cima do muro - também levo chumbo.
Por que é que eu tenho de ter uma posição fechada a respeito de tudo ? Meu bom pediatra, Dr Zé Moacir, diria rapidamente : não deixa de ser uma normose .
No sábado publiquei num blog sério minhas considerações a respeito dos discursos pró e contra a pesquisa com células-tronco embrionárias num texto denominado "O discurso das células". O tema já é polêmico o suficiente e, como biologia nunca foi a minha praia, não iria me meter a besta de me colocar de um lado ou de outro.
Por outro lado, sempre gostei de linguística, de semiologia e de semiótica (que não se trata de visão monocular, antes que algum engraçadinho faça essa piada). Já passei por Jackobson, Saussure, Eco, Peirce, Hjelmslev, Pignatari, mas a minha identificação maior sempre foi com Lacan e Barthes. O inconsciente é estruturado como uma linguagem, dessa forma é através da linguagem e do discurso que podemos tentar compreender o inconsciente.
Captou ? A partir dessa afirmação você já pode fazer uma análise da minha insanidade.
Voltando à bovina em temperatura subnormal... me limitei a colocar em debate a lógica verbal e não verbal de cada um dos discursos : pró e contra. Conclui que ambos estão cheios de furos e espalham uma imensa cortina de fumaça das suas verdadeiras intenções. Não, eu ainda não estou conseguindo ler através da fumaça e descobrir quais são essas mas, há muito, desisti de acreditar em idealismo puro.
Como eu já esperava recebi bombardeio dos prós e contras da pesquisa sobre células-tronco embrionárias. Cada um dos lados achou que eu estava torcendo para o outro time.
Estou me superando. Mesmo quando não tomo partido, acabam me atribuindo um e, de preferência, minha posição sempre é contra as idéias de quem está lendo. Não é a primeira vez que constato a minha imensa capacidade de conquistar desafetos.
Quando não estou de um lado nem do outro, como foi o caso, é porque estou em cima do muro - também levo chumbo.
Por que é que eu tenho de ter uma posição fechada a respeito de tudo ? Meu bom pediatra, Dr Zé Moacir, diria rapidamente : não deixa de ser uma normose .
E por que eu já sabia disso ? Serei eu tamanho conhecedor da alma humana ? Não, eu apenas descobri que as pessoas não lêem o que está escrito, elas passam os olhos sobre o texto e concluem aquilo que já estavam dispostas a pensar, afirmação que eu já tinha feito no próprio texto.
Ou seja : quod erat demonstrandum !
Ou seja : ai meus sais !
Ou seja : quod erat demonstrandum !
Ou seja : ai meus sais !
Comentários
E, afinal, contra ou a favor?
Pat
talvez fosse melhor discutir primeiro a questão de se permitir ou não a inseminação artificial feita dessa maneira, com estoque de emergência, talvez fosse melhor tb discutir qual o direito do homens brincarem de ser Deus, ou talvez ainda, fosse melhor apenas se abster da proposta inicial e apenas aceitar o fato.
Deus quis assim, então, adote uma criança e seja feliz.
bijok
no final foram varias perguntas...
Os imoralistas existem sim...em alguma das edições dos Aforismos Inconsequentes eu afirmei que pior que o falso moralismo, só mesmo o falso liberalismo