Nova carta da amiga
Depois de muito tempo, a amiga me escreveu de novo. Cheia de mudanças, me contando o seguinte:
Amigo
Depois de muito tempo volto a te escrever. Constrangida por te deixar tanto tempo sem notícias desde a nossa última troca de correspondência.
Foram tantas as mudanças que eu precisei desse tempo para me recompor. O amor, como você sempre fala, é feito de mudanças.
Tudo mudou
Encontrei alguém muito diferente de tudo que eu pudesse sequer imaginar. Não, não é o príncipe encantado, nem o sapo barrigudo. Aliás, nem eu mesma sei o que ele é, nem tenho muita certeza de que ele exista mesmo.
Você me conhece bem e sabe que eu sempre idealizei a figura do homem ideal. Alguém com quem eu tivesse afinidades de interesses, gosto semelhante e, ao mesmo tempo, que fosse apaixonante. Meu ideal não era um ser perfeito, até porque seria intoleravelmente chato conviver com alguém perfeito, sendo eu mesma imperfeita.
Eu ia te dizer que o conheci...mas minha linha de pensamento ficou meio confusa. É uma pessoa que, formalmente, eu já conhecia há muito tempo. Por outro lado, era um perfeito desconhecido. E quanto mais convivo com ele, mais eu me convenço de que não conhecia nada.
Como vou chamá-lo? De um estranho conhecido ou de um desconhecido próximo? Tanto faz.
O que interessa é que um dia eu estava esperando mesa num restaurante de shopping e ele estava lá também. Os dois sozinhos. Almoçamos juntos. Descobrimos que trabalhávamos um do lado do outro. Trocamos telefones e e-mails. Dias depois ele me perguntou se tinha programa para o almoço. Sem que eu percebesse, pouco tempo depois estávamos almoçando juntos todos os dias.
Mais que isso, passávamos (e ainda passamos) os dias trocando mensagens.
Um dia ele me apareceu com um pacote. Era um livro de poesias de um dos nossos autores preferidos. Disse que não ia escrever dedicatória, essa já estava escrita na página 48.
Li e desmontei. Eu, que já andava me questionando onde é que aquilo iria parar, descobri que ele sentia a mesma coisa.
Agora eu não sei o que faço. Tudo é intenso, forte, perigoso. Como se eu fosse uma onda quebrando num rochedo.
Eu sei que esse amor me deu vida. Uma vida que eu nunca tivera antes. Uma mudança interna que eu nunca experimentara. Sou outra pessoa.
Não vou te aborrecer com detalhes. Sei que a sua imaginação é rica o suficiente para ter uma idéia do que acontece.
O meu amor por você continua, sem prazo e sem distância. Mas é um outro amor que não pode se comparar a esse.
Beijos epistolares, no meio do maremoto
As cartas mais antigas são :
Depois de muito tempo volto a te escrever. Constrangida por te deixar tanto tempo sem notícias desde a nossa última troca de correspondência.
Foram tantas as mudanças que eu precisei desse tempo para me recompor. O amor, como você sempre fala, é feito de mudanças.
Tudo mudou
Encontrei alguém muito diferente de tudo que eu pudesse sequer imaginar. Não, não é o príncipe encantado, nem o sapo barrigudo. Aliás, nem eu mesma sei o que ele é, nem tenho muita certeza de que ele exista mesmo.
Você me conhece bem e sabe que eu sempre idealizei a figura do homem ideal. Alguém com quem eu tivesse afinidades de interesses, gosto semelhante e, ao mesmo tempo, que fosse apaixonante. Meu ideal não era um ser perfeito, até porque seria intoleravelmente chato conviver com alguém perfeito, sendo eu mesma imperfeita.
Eu ia te dizer que o conheci...mas minha linha de pensamento ficou meio confusa. É uma pessoa que, formalmente, eu já conhecia há muito tempo. Por outro lado, era um perfeito desconhecido. E quanto mais convivo com ele, mais eu me convenço de que não conhecia nada.
Como vou chamá-lo? De um estranho conhecido ou de um desconhecido próximo? Tanto faz.
O que interessa é que um dia eu estava esperando mesa num restaurante de shopping e ele estava lá também. Os dois sozinhos. Almoçamos juntos. Descobrimos que trabalhávamos um do lado do outro. Trocamos telefones e e-mails. Dias depois ele me perguntou se tinha programa para o almoço. Sem que eu percebesse, pouco tempo depois estávamos almoçando juntos todos os dias.
Mais que isso, passávamos (e ainda passamos) os dias trocando mensagens.
Um dia ele me apareceu com um pacote. Era um livro de poesias de um dos nossos autores preferidos. Disse que não ia escrever dedicatória, essa já estava escrita na página 48.
Li e desmontei. Eu, que já andava me questionando onde é que aquilo iria parar, descobri que ele sentia a mesma coisa.
Agora eu não sei o que faço. Tudo é intenso, forte, perigoso. Como se eu fosse uma onda quebrando num rochedo.
Eu sei que esse amor me deu vida. Uma vida que eu nunca tivera antes. Uma mudança interna que eu nunca experimentara. Sou outra pessoa.
Não vou te aborrecer com detalhes. Sei que a sua imaginação é rica o suficiente para ter uma idéia do que acontece.
O meu amor por você continua, sem prazo e sem distância. Mas é um outro amor que não pode se comparar a esse.
Beijos epistolares, no meio do maremoto
As cartas mais antigas são :
Comentários
Sò espero é que a sua amiga nao seja tanto lerda para ver a diferença e poder cair na real, qto o foi para escrever a tal da carta, que vc bem nos transcreveu.
Ja que ela pode acabar mordendo uma maça envenenada em um desses almoços la no shopping pq, pobre criatura, ignorante que uma bruxa malvada pode ter é muitas caras.
Hihihi.
Bjs!
Li as outras duas, melhor que ler só se fosse receber.
Amei a foto, sempre escolhida com maestria.
Maria.
A única coisa que sei.... é que estou muito animada e alegre.Que venha as mudanças.
beijos
Rô
Bjos de quem ta amando...
essas insanidades.
Clau: anda meio pessimista ou é só impressão minha
Maria: no seu caso acho melhor seria mesmo escrever
Rô: que não seja só um quase
Elis : certamente tecido com uma trama muito boa