Não existe
Crianças tem amigos imaginários (algumas continuam a tê-los pelo resto de suas vidas), adultos costumam ter alter-egos. De uma certa forma, todos nós temos algum tipo de criatura oculta em algum lugar da mente.
Mariana tinha um namorado imaginário. Não, não se tratava de um protótipo do príncipe encantado que muitas mulheres sonham encontrar, mesmo sabendo que não existem.
O namorado de Mariana tinha nome, imagem, qualidades e defeitos. O que o diferenciava de todos os demais seres do sexo masculino era o fato de que ele não existia.
Mariana conversava com ele, trocava confidencias, lhe enviava mensagens e recebia presentes (que ela mesma escolhia e pagava).
Chegava mesmo a contar para as amigas a respeito dos encontros que mantinha com ele, com uma riqueza de detalhes que mesmo quem sabia da inexistência do namorado chegava a acreditar.
Quando falava a respeito de Oto (esse era o seu nome), Mariana se emocionava. Ria das suas piadas, se encantava com o seu romantismo, admirava seu gosto e se entristecia quando dizia que não o via há alguns dias.
O mais curioso era que ela tinha namorados reais. Os mais zelosos, num primeiro momento queriam se livrar de Oto. Quando entendiam a situação entravam no jogo imaginário.
Mariana tinha um namorado imaginário. Não, não se tratava de um protótipo do príncipe encantado que muitas mulheres sonham encontrar, mesmo sabendo que não existem.
O namorado de Mariana tinha nome, imagem, qualidades e defeitos. O que o diferenciava de todos os demais seres do sexo masculino era o fato de que ele não existia.
Mariana conversava com ele, trocava confidencias, lhe enviava mensagens e recebia presentes (que ela mesma escolhia e pagava).
Chegava mesmo a contar para as amigas a respeito dos encontros que mantinha com ele, com uma riqueza de detalhes que mesmo quem sabia da inexistência do namorado chegava a acreditar.
Quando falava a respeito de Oto (esse era o seu nome), Mariana se emocionava. Ria das suas piadas, se encantava com o seu romantismo, admirava seu gosto e se entristecia quando dizia que não o via há alguns dias.
O mais curioso era que ela tinha namorados reais. Os mais zelosos, num primeiro momento queriam se livrar de Oto. Quando entendiam a situação entravam no jogo imaginário.
Um dos seus namorados reais, ousadamente lhe propôs uma vez um ménage-a-trois. Mariana o chamou de pervertido e desmanchou, naqueles termos preferia ficar só com Oto que não era dado a essas modernidades desavergonhadas.
Mariana casou e teve filhos. Nem por isso o abandonou. Quando questionada sobre a situação ela mesma reconhecia : não tem problema, ele não existe mesmo.
Já idosa, Mariana morreu.
E qual não foi a surpresa de seus filhos, netos, parentes e amigos quando, durante o velório, chegou um entregador de flores trazendo uma gigantesca coroa de rosas e lírios onde se lia : "À mulher que me deu vida e fez dela um tempo de eterna felicidade. Oto".
Mariana casou e teve filhos. Nem por isso o abandonou. Quando questionada sobre a situação ela mesma reconhecia : não tem problema, ele não existe mesmo.
Já idosa, Mariana morreu.
E qual não foi a surpresa de seus filhos, netos, parentes e amigos quando, durante o velório, chegou um entregador de flores trazendo uma gigantesca coroa de rosas e lírios onde se lia : "À mulher que me deu vida e fez dela um tempo de eterna felicidade. Oto".
Comentários
Que tal !!?
Rô
E, ainda por cima, vc colocou a foto de um filme que foi mitico para mim, qdo eu era pequena. E tb nao perdia a série, que foi baseada neste longa metragem. E foi dali que tb veio a minha paixao por terriers, que culminou coroada pelos 3 scotties que eu tive.
Linda estoria...
Bjs!
Juliana: pelo jeito somos de idades similares.
Rô: tema interessante para um texto
Clau: eu era mesmo fã do Capitão Gregg e do seu humor atípico
O Capitão Greg e a Sra. Muir me levaram longe, láaaaa atrás, às tardinhas de quinta-feira...
Thanks!