Como diria Ibiapina

Janúncio amoquecava umas tiras de xuri apocitadas quando notou traços de macega em sua mirabela.

Sabia que isso poderia deixar seu prato com um sabor adípico e deletério.

Imediatamente lançou mão do cintel e começou a sarjar seu cacico como quem usa o gorgaz no vergel.

Entre asafias e aravias ergueu um libame elastério e tradou nitente a xaí.

Enquanto esboroava a ave tal qual um parasselênio, caiu-lhe das mãos o natro clorificado e a malada, destruindo o lardo acepipe.

O prato virou um olobó que nem Éaco toleraria. Uma vera anástrofe.

Despejou tudo no aludel que atascou junto ao pé de pacová.

Júlio de Matos Ibiapina Nasceu a 22 de setembro de 1890, em Aquiraz, Ceará. Seu pai foi chefe político de Aquiraz. Especializou-se em línguas na Europa. Foi Professor Catedrático de inglês e um dos fundadores da Academia Brasileira de Filologia.

Comentários

clau disse…
Help!Aqui me falta o meu pai, mais que um bom dicionario! rss
Mas nao deixa de ser interessante escutar e ler coisas deste nivel.
Pq isto sò demonstra como a linguagem falada pode se diferenciar daquela escrita, mais erudita.
Obvio que aqui estamos em um extremo! Tanto qto alguns reporteres, professores e politicos, até, que soltam "pega ele" e outras mais, à cada 1'!
Pq o povo falar assim, atè passa.
Mas alguém que ocupe uma posiçao deste naipe, deveria dar o exemplo de, ao menos, procurar falar e escrever direitinho!
A lingua evoluir é uma coisa, mas ser tipo "assassinada" é algo bem diferente...!
Bjs, Fabio!
Anônimo disse…
Não podia ser só um pé na jaca?

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