Sem rejuntes
Estava indo tudo bem nas compras do piso da nova cozinha até o momento em que o vendedor perguntou de que cor deveria ser o rejunte.
Ele olhou para ela com uma grande interrogação na testa. Claro que sabia o que era rejunte, mas nunca imaginou que uma simples argamassa pudesse ter variedade de cores.
Ela se esforçou para não rir dele na frente do vendedor. Ele era um homem muito culto e informado, mas tão ignorante sobre esse temas...
O vendedor trouxe o mostruário e entregou na mão dele. Ele olhou por dois segundos e meio e repassou para ela, o que ela escolhesse estava mais que ótimo.
Com o seu humor habitual ele brincou com ela dizendo que eles não precisavam de rejunte... Ela não perdeu a chance de retrucar que adorava uma rejuntada.
O vendedor os olhava com cara de quem não entendera nada. E não tinha entendido mesmo.
No caminho de volta ele não tirou a história do rejunte da cabeça, não porque não gostasse das rejuntadas dela, mas não concordava com o fato de terem rejuntes e não conseguia achar os argumentos do porquê.
Estava fazendo um chá de gengibre antes de dormir quando lhe caiu a ficha. Serviu o chá para ela e explicou.
Rejunte serve para unir peças que ficam justapostas, peças que, na verdade, nunca se tocam, pelo contrário, estão separadas pela argamassa.
O que eles viviam era um intersecção de vidas, quanto mais ficavam juntos mais aumentava o espaço comum da intersecção.
O sorriso dela, dessa vez, era de encantamento e emoção. No dia seguinte ela ligou para a loja e cancelou a compra de todos os pisos e rejuntes.
Contatou uma empresa que fazia pisos de epóxi. A cozinha dos dois passou a ter um piso único. De ponta a ponta.
Ele olhou para ela com uma grande interrogação na testa. Claro que sabia o que era rejunte, mas nunca imaginou que uma simples argamassa pudesse ter variedade de cores.
Ela se esforçou para não rir dele na frente do vendedor. Ele era um homem muito culto e informado, mas tão ignorante sobre esse temas...
O vendedor trouxe o mostruário e entregou na mão dele. Ele olhou por dois segundos e meio e repassou para ela, o que ela escolhesse estava mais que ótimo.
Com o seu humor habitual ele brincou com ela dizendo que eles não precisavam de rejunte... Ela não perdeu a chance de retrucar que adorava uma rejuntada.
O vendedor os olhava com cara de quem não entendera nada. E não tinha entendido mesmo.
No caminho de volta ele não tirou a história do rejunte da cabeça, não porque não gostasse das rejuntadas dela, mas não concordava com o fato de terem rejuntes e não conseguia achar os argumentos do porquê.
Estava fazendo um chá de gengibre antes de dormir quando lhe caiu a ficha. Serviu o chá para ela e explicou.
Rejunte serve para unir peças que ficam justapostas, peças que, na verdade, nunca se tocam, pelo contrário, estão separadas pela argamassa.
O que eles viviam era um intersecção de vidas, quanto mais ficavam juntos mais aumentava o espaço comum da intersecção.
O sorriso dela, dessa vez, era de encantamento e emoção. No dia seguinte ela ligou para a loja e cancelou a compra de todos os pisos e rejuntes.
Contatou uma empresa que fazia pisos de epóxi. A cozinha dos dois passou a ter um piso único. De ponta a ponta.
Comentários
Depois de ficarmos 25 dias colcados 24h por dia... não há dúvidas que somos um piso de epóxi!!!
beijo!!