Nevermore
Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary... (Edgar Allan Poe)
Rosana parou arquejante em frente ao mar. Não se tratava de falta de fôlego, afinal viera caminhando calmamente até sentir a água tocar seus pés descalços, mesmo assim sentia como se o coração lhe fora sair pela boca.
Sempre que precisava refletir fazia isso. Pegava seu carro e ia para a praia. Não importava a que hora do dia ou da noite. Era seu refúgio, uma terra mágica onde nunca se sentia perdida ou desconfortável.
Dessa vez estava perdida. Não sofria nenhum desconforto, muito pelo contrário, estava encantada. Mas completamente perdida.
Sempre sonhara em ter um companheiro. Chegou mesmo a imaginar que casaria com algum homem com quem tivesse afinidades. Há muito, porém, deixara de acreditar que existisse o amor cantado em versos românticos. Era muito pragmática para esse tipo de expectativa.
Até conhecer Pedro.
A princípio achou que seria mais um namorado. Depois imaginou que ele pudesse até ser a pessoa com quem passaria burocraticamente a sua vida. Até chegar ao ponto em que estava: descaradamente apaixonada.
Ele a tinha envolvido de uma forma que ela não conseguia entender. Como se tivesse tecido e tramado uma teia sentimental ao redor dela. Estava enredada pelos seus carinhos e pela sua atenção. E não queria sair de lá.
Percebeu que tinha se entregue de vez quando lhe disse que o mundo perfeito seria deitada na maciez da areia, ouvindo o mar, iluminada pelo luar. Quando se deu conta que tinha entregue a ele o seu mais guardado segredo, saiu em fuga.
Agora, sentada na areia, não sabia se voltava ou não. De repente, sentiu que alguém se aproximava dela, fechou os olhos, esperando pelo pior, ele jamais perdoaria aquela atitude tresloucada.
Ele colocou a mão em seu ombro e disse:
" - Eu só me deito na sua maciez. Ouvindo a tua voz e iluminado pelo seu olhar."
Nunca mais se refugiou sozinha.
Sempre que precisava refletir fazia isso. Pegava seu carro e ia para a praia. Não importava a que hora do dia ou da noite. Era seu refúgio, uma terra mágica onde nunca se sentia perdida ou desconfortável.
Dessa vez estava perdida. Não sofria nenhum desconforto, muito pelo contrário, estava encantada. Mas completamente perdida.
Sempre sonhara em ter um companheiro. Chegou mesmo a imaginar que casaria com algum homem com quem tivesse afinidades. Há muito, porém, deixara de acreditar que existisse o amor cantado em versos românticos. Era muito pragmática para esse tipo de expectativa.
Até conhecer Pedro.
A princípio achou que seria mais um namorado. Depois imaginou que ele pudesse até ser a pessoa com quem passaria burocraticamente a sua vida. Até chegar ao ponto em que estava: descaradamente apaixonada.
Ele a tinha envolvido de uma forma que ela não conseguia entender. Como se tivesse tecido e tramado uma teia sentimental ao redor dela. Estava enredada pelos seus carinhos e pela sua atenção. E não queria sair de lá.
Percebeu que tinha se entregue de vez quando lhe disse que o mundo perfeito seria deitada na maciez da areia, ouvindo o mar, iluminada pelo luar. Quando se deu conta que tinha entregue a ele o seu mais guardado segredo, saiu em fuga.
Agora, sentada na areia, não sabia se voltava ou não. De repente, sentiu que alguém se aproximava dela, fechou os olhos, esperando pelo pior, ele jamais perdoaria aquela atitude tresloucada.
Ele colocou a mão em seu ombro e disse:
" - Eu só me deito na sua maciez. Ouvindo a tua voz e iluminado pelo seu olhar."
Nunca mais se refugiou sozinha.
Comentários
Quem escreveu isto, nao é que tb estaria enredado na teia das emoçoes desta estòria e na pele de quem sentia o coraçao lhe sair pela boca?...
Hihihi.
Tudo de bom ai para vcs!
E até mais, Fabio!
Lembrei-me de um poeta amigo meu, chamado José Paulo Nobre, natural de Jaguarão, mas residente aqui em Rio Grande, que batizou seu livro de O Anjo Disfarçado a partir de uma conversa na famosa Rua da Pria em Porto Alegre entre Erico Veríssimo e outro. Erico dizia ao amigo, vendo Quintana passar de terno, mas aparecendo a ponta de uma camisa branca às costas: Olha só, vê se o Quintana não parece um anjo disfarçado (ou algo assim). Se era anjo, não sei, mas que era passarinho em forma de gente, isso tenho quase certeza, por conta de seu lirismo, tanto no jeito de escrever como no de viver...
Grato pela visita e comentários. Um abrço, Zé Roig.
Juliana: O Bettega diz que toda ficção é autobiográfica no sentido que remete, de certa forma às diversas vivências pessoais.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3788031-EI6781,00-Memoria+e+imaginacao.html
Zé Antonio: Apareça sempre