Na trilha de Afrânio Peixoto*

Na remota cidade de Acad, um auruspice medanista que cultivava epicantos, dedicava-se à parassematografia.

Todos os dias, depois de realizar sua asssepsia anti-ulômica, atrelava saigas à sua carroça, saudava as potâmides do Ili sobrelevando sua bacorinha de um modo quase fescenino e dirigia-se à sua seiada.

Entre aragoas e taiobas que cozia em sirage, sacudia o cavername adiáforo e coçava as gelhas em meditação.

Consultava seu esclerômetro e sua infusão de pérula, em busca de respostas que não fossem catacréticas.

Mas não havia teriaga que o tirasse do seu rodamento domatófobo, ainda que seus hábitos cancrívoros garantissem sua evemia.

Ao fim de cada dia, embarcava em seu acátio turbinado por albacoras, como se um lamego fosse, e anegava-se no seival.


*Júlio Afrânio Peixoto (Lençóis, 17 de dezembro de 1876 — Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 1947) foi um médico, político, professor, crítico literário, ensaísta, romancista e historiador brasileiro.Ocupou a Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 7 de maio de 1910, e a Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Filologia, da qual foi fundador.

Comentários

Maria disse…
Assim não da, quinze minutos lendo e não entendi nem onde esse auruspice medanista (mais 5 minutos aqui pra escrever...) ia, o que ele fazia na sua seíada.
Puxa, pegou pesado Adiron...
Beijo carnívoro.
clau disse…
Muito interessante a similaritude de estilo, rss.
Quem sabe se a tal da cadeira do Afranio nao se encontra em casa sua, heim Fabio...?!
Bjs!
Fábio Adiron disse…
Marizinha : eu que escrevi ainda não entendi...

Clau: tenho umas cadeiras velhas aqui, vou investigar a origem

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