Historinha vulgar
Joana estava desempregada há quase seis meses quando viu o anúncio : precisa-se de recepcionista, não é necessária experiência. Pegou a bolsa, ajeitou o cabelo e foi para a agência de empregos.
A entrevistadora gostou dela, mas fez questão de ressaltar que o emprego exigia absoluta discrição, independentemente do que ela pudesse presenciar. Joana concluiu que isso seria fácil. Era tímida e detestava qualquer tipo de fofoca. Foi aprovada e encaminhada diretamente ao local de trabalho para acertar os detalhes.
Ao chegar tomou um susto : era um motel. Justo ela, a recatada e pudica. Pensou em desistir e ir embora. Mas lembrou da conta de luz atrasada, mais um mês seria cortada. Tinha também o carnê dos tênis das crianças. Ficou.
Mas não contou para ninguém o que era o trabalho. A quem perguntava dizia que era um escritório de contabilidade.
O chefe avisou que ia ver coisas estranhas, mas que ela só podia se manifestar se aparecesse algum menor de idade. Esses, disse ele, de jeito nenhum, pode dar cana. Ele também lhe mostrou a caixa secreta para casos de emergência.
Nos primeiros dias só se escandalizou. Ficava corada a cada situação que ela julgava indecente, o que a salvava é que os clientes não tinham contato visual com ela.
Primeiro foi a perua, já avançada em anos, com o garotão marombado. Depois a sequência de casais do mesmo sexo. Quase teve um treco quando chegou o primeiro grupo. Para piorar, de vez em quando ainda ouvia os gritos vindo dos quartos.
Aos poucos se acostumou com tudo e nem reparava mais em nada, mal olhava as pessoas.
Até o dia que ouviu uma voz conhecida e olhou : era Nestor, seu marido. Pior, quem estava com ele era a irmã. Dela. Ficou vermelha como nunca, mas dessa vez, de raiva. Conseguiu manter a fleugma, disfarçou a voz e deixou entrarem.
Uma hora depois saiu para o seu intervalo de café. Passou pela porta do quarto e ouviu os gemidos. Foi a gota d´água. Voltou para a recepção, abriu a gaveta atrás da caixa secreta.
Arrombou a porta a tiros da pistola automática. Descarregou a arma nos dois. Depois saiu pela avenida. Sem olhar para trás.
A entrevistadora gostou dela, mas fez questão de ressaltar que o emprego exigia absoluta discrição, independentemente do que ela pudesse presenciar. Joana concluiu que isso seria fácil. Era tímida e detestava qualquer tipo de fofoca. Foi aprovada e encaminhada diretamente ao local de trabalho para acertar os detalhes.
Ao chegar tomou um susto : era um motel. Justo ela, a recatada e pudica. Pensou em desistir e ir embora. Mas lembrou da conta de luz atrasada, mais um mês seria cortada. Tinha também o carnê dos tênis das crianças. Ficou.
Mas não contou para ninguém o que era o trabalho. A quem perguntava dizia que era um escritório de contabilidade.
O chefe avisou que ia ver coisas estranhas, mas que ela só podia se manifestar se aparecesse algum menor de idade. Esses, disse ele, de jeito nenhum, pode dar cana. Ele também lhe mostrou a caixa secreta para casos de emergência.
Nos primeiros dias só se escandalizou. Ficava corada a cada situação que ela julgava indecente, o que a salvava é que os clientes não tinham contato visual com ela.
Primeiro foi a perua, já avançada em anos, com o garotão marombado. Depois a sequência de casais do mesmo sexo. Quase teve um treco quando chegou o primeiro grupo. Para piorar, de vez em quando ainda ouvia os gritos vindo dos quartos.
Aos poucos se acostumou com tudo e nem reparava mais em nada, mal olhava as pessoas.
Até o dia que ouviu uma voz conhecida e olhou : era Nestor, seu marido. Pior, quem estava com ele era a irmã. Dela. Ficou vermelha como nunca, mas dessa vez, de raiva. Conseguiu manter a fleugma, disfarçou a voz e deixou entrarem.
Uma hora depois saiu para o seu intervalo de café. Passou pela porta do quarto e ouviu os gemidos. Foi a gota d´água. Voltou para a recepção, abriu a gaveta atrás da caixa secreta.
Arrombou a porta a tiros da pistola automática. Descarregou a arma nos dois. Depois saiu pela avenida. Sem olhar para trás.
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