Soneto do desconforto
Ela disse que eu a quebrava ao meio
Mas a queria inteira, delicada,
Conduzindo o meu barco sem receio
No rumo de uma angra abrigada
Como se ela temesse seu anseio
A pele em outra pele afagada
De um tempo num desejo que não veio
Levamos nossa nau na madrugada
As vísceras expostas do seu seio
A faca no meu peito encostada
O sangue jorra intenso em devaneio
Nas horas da vigília bem guardada
Desconforto é só um peso fugaz
Carinho mesmo nunca se desfaz
Mas a queria inteira, delicada,
Conduzindo o meu barco sem receio
No rumo de uma angra abrigada
Como se ela temesse seu anseio
A pele em outra pele afagada
De um tempo num desejo que não veio
Levamos nossa nau na madrugada
As vísceras expostas do seu seio
A faca no meu peito encostada
O sangue jorra intenso em devaneio
Nas horas da vigília bem guardada
Desconforto é só um peso fugaz
Carinho mesmo nunca se desfaz
Comentários
Abraço da Ana Mello.
Como a Cris eu digo...bonito, e me dá vontade de me calar.. quieta.
Beijo