Pó lainas
As polainas. como todos sabem, foram inventadas pelos índios Mohawks no século IV a.C. Durante muitos séculos essa invenção foi disputada pelos seus rivais, os Choctaws. O assunto só foi decidido em favor dos primeiros, durante o histórico julgamente mediado pelo general Custer no vale do Pequeno Grande Chifre.
Originalmente o seu uso servia apenas para evitar que carrapichos e carraptos aderissem às canelas dos aborígenes que usavam apenas mocassins. Foram as mulheres cheyennes que, ao desenvolver pigmentos que pudessem ser usados em couro e tecidos, passaram a usar as polainas como adereço.
Não demorou muito para que os guerreiros sioux, especialistas em simbologia militar, adotassem as polainas coloridas como forma de sinalização. Muito antes da cavalaria rusticana usar a bandeira branca como sinal de paz, os sioux já sinalizavam o fim das hostilidades com suas polainas dessa cor. O vermelho era sinal de guerra e o verde sinaliza que era hora dos guerreiros pararem de brigar e cuidar das suas hortas (de onde surgiu a simbologia do selo verde, utilizado até hoje pelas empresas ecologicamente responsáveis).
O intercâmbio cultural entre colonizadores e colonizados acabou levando as polainas para a Europa, onde fez muito sucesso, especialmente na França e na Itália, países reconhecidamente mais românticos que os demais vizinhos.
Em Portugal ganharam o nome que usamos, pois eram feitas de lã, para proteger a canela do pó das estradas.
Em Veneza, a cor das polainas indicava a disponibilidade dos gondoleiros para encontros amorosos com as passageiras mais atiradas. Usavam polainas listadas de branco com a cor que sinalizava suas intenções. Polainas com vermelho eram sinal de indisponibilidade temporária. Listas azuis indicavam que o gondoleiro só queria ficar.
Quando o gondoleiro, no meio da viagem, trocava as polainas pelos pares listados de preto e branco, era sinal de que tinha se apaixonado e declarava amor eterno. Com o tempo os gondoleiros abandonaram as polainas e passaram a usar camisas listadas. A simbologia continuou a mesma.
Nos séculos 18 e 19 as polainas sairam da moda cotidiana e acabaram sendo usadas por militares. No começo do século 20 as polainas deixaram os uniformes de combate, permanencendo apenas como decoração das bandas militares. O único exército que ainda usa polainas regularmente são os batalhões das Highlands escocesas, ainda que a maioria dos consultores de moda afirme que polaina não combina com saiote xadrez.
Nos dias de hoje, as polainas são utilizadas como acessórios de moda mas, mais comumente como acessórios esportivos. O que não significa que perderam seu caráter simbólico. Polainas brancas ainda sinalizam paz e tranquilidade, as coloridas simbolizam outros estados de espírito.
De todas as cores de polainas, a minha preferida são as magenta, cor que mistura igualmente o vermelho(cor do amor e da paixão, cor de fogo e de sangue) e o azul (a cor do infinito, do intelecto e da tranquilidade).
Mas não espere me encontrar de polainas no meio da rua. Meu biotipo nunca combinou com elas.
Originalmente o seu uso servia apenas para evitar que carrapichos e carraptos aderissem às canelas dos aborígenes que usavam apenas mocassins. Foram as mulheres cheyennes que, ao desenvolver pigmentos que pudessem ser usados em couro e tecidos, passaram a usar as polainas como adereço.
Não demorou muito para que os guerreiros sioux, especialistas em simbologia militar, adotassem as polainas coloridas como forma de sinalização. Muito antes da cavalaria rusticana usar a bandeira branca como sinal de paz, os sioux já sinalizavam o fim das hostilidades com suas polainas dessa cor. O vermelho era sinal de guerra e o verde sinaliza que era hora dos guerreiros pararem de brigar e cuidar das suas hortas (de onde surgiu a simbologia do selo verde, utilizado até hoje pelas empresas ecologicamente responsáveis).
O intercâmbio cultural entre colonizadores e colonizados acabou levando as polainas para a Europa, onde fez muito sucesso, especialmente na França e na Itália, países reconhecidamente mais românticos que os demais vizinhos.
Em Portugal ganharam o nome que usamos, pois eram feitas de lã, para proteger a canela do pó das estradas.
Em Veneza, a cor das polainas indicava a disponibilidade dos gondoleiros para encontros amorosos com as passageiras mais atiradas. Usavam polainas listadas de branco com a cor que sinalizava suas intenções. Polainas com vermelho eram sinal de indisponibilidade temporária. Listas azuis indicavam que o gondoleiro só queria ficar.
Quando o gondoleiro, no meio da viagem, trocava as polainas pelos pares listados de preto e branco, era sinal de que tinha se apaixonado e declarava amor eterno. Com o tempo os gondoleiros abandonaram as polainas e passaram a usar camisas listadas. A simbologia continuou a mesma.
Nos séculos 18 e 19 as polainas sairam da moda cotidiana e acabaram sendo usadas por militares. No começo do século 20 as polainas deixaram os uniformes de combate, permanencendo apenas como decoração das bandas militares. O único exército que ainda usa polainas regularmente são os batalhões das Highlands escocesas, ainda que a maioria dos consultores de moda afirme que polaina não combina com saiote xadrez.
Nos dias de hoje, as polainas são utilizadas como acessórios de moda mas, mais comumente como acessórios esportivos. O que não significa que perderam seu caráter simbólico. Polainas brancas ainda sinalizam paz e tranquilidade, as coloridas simbolizam outros estados de espírito.
De todas as cores de polainas, a minha preferida são as magenta, cor que mistura igualmente o vermelho(cor do amor e da paixão, cor de fogo e de sangue) e o azul (a cor do infinito, do intelecto e da tranquilidade).
Mas não espere me encontrar de polainas no meio da rua. Meu biotipo nunca combinou com elas.
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