Descântico dos cânticos
Para quem não sabe Cantares (também chamado de Cântico dos Cânticos) é um dos livros poéticos escritos pelo rei Salomão. Uma poesia de amor e sensualidade dedicada à uma mulher sulamita, talvez a única que realmente tenha amado.
O livro, como toda poesia de amor, é cheio de metáforas. Metáforas adequadas para a época em que foi escrito, é claro. Me peguei imaginando como essas figuras de linguagem poderiam ser adaptadas para o dia de hoje.
Numa das suas falas, a sulamita se envergonha de estar morena. Hoje o verso seria: "não olheis para eu estar pálida, mas choveu muito nesse verão e o governo proibiu os equipamentos de bronzear.."
Ele a compara "às éguas do carro do Faraó..." o que não caberia nem em música funk. Atualmente teria de dizer que ela era semelhante ao torque de uma Ferrari.
"Os teus olhos são como os das pombas", não pega bem falar isso para a namorada do séc 21, talvez lentes de contato coloridas...
"Os teus cabelos como o rebanho de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade", em tempos de chapinha certamente precisaria ser trocado pelos fios de nylon que saem escorridos dos teares eletrônicos da China.
"O teu pescoço é como a torre de Davi" ficaria mais moderninho comparado à Nakheel Tower em Dubai e, "os teus dois seios como crias gêmeas de uma gazela" não suportariam a abundância de silicone que impera no mercado, precisariam ser substituídos por: os teus dois seios são como crias gêmeas de hipopótamos".
A face de romã perderia o lugar para a face de botox e os lábios de escarlata pelas tintas rubras dos batons. É verdade que, ao invés de destilar mel, esses lábios estariam cheios de outros destilados.
A fragrância do Lìbano, que Salomão sentia no vestido da amada seria substituída pelo aroma de perfumes contrabandeados. Os meneios dos quadris, como colares segundo Salomão, seriam considerados vulgares e perseguidos nas universidades.
Por fim, o ventre, um monte de trigo cercado de lírios, se tornaria apenas uma tatuagem tribal e, o umbigo, taça redonda, não passaria de um depósito de piercings.
Acho que, se vivesse hoje, Salomão sofreria demais com essas mudanças. E eu daria toda razão para ele.
O livro, como toda poesia de amor, é cheio de metáforas. Metáforas adequadas para a época em que foi escrito, é claro. Me peguei imaginando como essas figuras de linguagem poderiam ser adaptadas para o dia de hoje.
Numa das suas falas, a sulamita se envergonha de estar morena. Hoje o verso seria: "não olheis para eu estar pálida, mas choveu muito nesse verão e o governo proibiu os equipamentos de bronzear.."
Ele a compara "às éguas do carro do Faraó..." o que não caberia nem em música funk. Atualmente teria de dizer que ela era semelhante ao torque de uma Ferrari.
"Os teus olhos são como os das pombas", não pega bem falar isso para a namorada do séc 21, talvez lentes de contato coloridas...
"Os teus cabelos como o rebanho de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade", em tempos de chapinha certamente precisaria ser trocado pelos fios de nylon que saem escorridos dos teares eletrônicos da China.
"O teu pescoço é como a torre de Davi" ficaria mais moderninho comparado à Nakheel Tower em Dubai e, "os teus dois seios como crias gêmeas de uma gazela" não suportariam a abundância de silicone que impera no mercado, precisariam ser substituídos por: os teus dois seios são como crias gêmeas de hipopótamos".
A face de romã perderia o lugar para a face de botox e os lábios de escarlata pelas tintas rubras dos batons. É verdade que, ao invés de destilar mel, esses lábios estariam cheios de outros destilados.
A fragrância do Lìbano, que Salomão sentia no vestido da amada seria substituída pelo aroma de perfumes contrabandeados. Os meneios dos quadris, como colares segundo Salomão, seriam considerados vulgares e perseguidos nas universidades.
Por fim, o ventre, um monte de trigo cercado de lírios, se tornaria apenas uma tatuagem tribal e, o umbigo, taça redonda, não passaria de um depósito de piercings.
Acho que, se vivesse hoje, Salomão sofreria demais com essas mudanças. E eu daria toda razão para ele.
Comentários
beijos
Nao seria só o Salomão que sofreria com as mudanças, nao...
Personagens mais contemporaneos ficariam perplexos, tb.
Bjs!
Ps: lindinhas as fotos das crianças que vc colocou la no orkut!...