O melhor choro
Ele não se surpreendeu quando, na saída do jardim zoológico, ela sentou na calçada e começou a chorar.
Sentou ao seu lado, tirou o lenço amarrotado do bolso e ofereceu para ela que, num primeiro momento recusou, depois acabou aceitando.
Por mais simples que pudesse ter sido o passeio, aquele dia tinha um significado mágico para ela.
Desde sua infância, tinha pedido às mais variadas pessoas para ir aquele lugar que ela só conhecia de ler e de ver fotos.
Talvez por ser um passeio comum demais, ninguém jamais atendera o seu desejo.
Seus pais mais de uma vez a tinham levado para viagens aos exterior, o marido sempre a mimou com programas sofisticados.
Não que ela não tenha aproveitado todas essas oportunidades mas, porque diabos ninguém a levava ao zoológico?
E ninguém entendia que tudo que ela queria era olhar os bichos. Ninguém prestava atenção no que ela dizia.
E quando ouviam, empurravam com a barriga. Um programa tão vulgar, pensavam.
Ela poderia até ter ido sozinha. Nunca, dizia, queria alguém que pudesse compartilhar o sonho com ela.
Naquele dia, ela riu com os macacos, assustou-se com os lobos, cantarolou com alguns pássaros. Embeveceu-se com o urrar das feras.
Ele só olhava cada movimento dela. E se encantava com o seu prazer simples.
Na saída, parou na lojinha e ainda comprou um tigre de pelúcia para ela, que o abraçou como uma menina que ganha a primeira boneca.
Ele se emocionou com o seu choro e, nem soube bem porque, conteve o seu.
Quando ela se recompôs, foram para o carro. Ela só olhava para ele, sorrindo e chorando.
Ele a deixou em casa, ainda com os olhos vermelhos. Nunca fora tão feliz por fazer alguém chorar.
Sentou ao seu lado, tirou o lenço amarrotado do bolso e ofereceu para ela que, num primeiro momento recusou, depois acabou aceitando.
Por mais simples que pudesse ter sido o passeio, aquele dia tinha um significado mágico para ela.
Desde sua infância, tinha pedido às mais variadas pessoas para ir aquele lugar que ela só conhecia de ler e de ver fotos.
Talvez por ser um passeio comum demais, ninguém jamais atendera o seu desejo.
Seus pais mais de uma vez a tinham levado para viagens aos exterior, o marido sempre a mimou com programas sofisticados.
Não que ela não tenha aproveitado todas essas oportunidades mas, porque diabos ninguém a levava ao zoológico?
E ninguém entendia que tudo que ela queria era olhar os bichos. Ninguém prestava atenção no que ela dizia.
E quando ouviam, empurravam com a barriga. Um programa tão vulgar, pensavam.
Ela poderia até ter ido sozinha. Nunca, dizia, queria alguém que pudesse compartilhar o sonho com ela.
Naquele dia, ela riu com os macacos, assustou-se com os lobos, cantarolou com alguns pássaros. Embeveceu-se com o urrar das feras.
Ele só olhava cada movimento dela. E se encantava com o seu prazer simples.
Na saída, parou na lojinha e ainda comprou um tigre de pelúcia para ela, que o abraçou como uma menina que ganha a primeira boneca.
Ele se emocionou com o seu choro e, nem soube bem porque, conteve o seu.
Quando ela se recompôs, foram para o carro. Ela só olhava para ele, sorrindo e chorando.
Ele a deixou em casa, ainda com os olhos vermelhos. Nunca fora tão feliz por fazer alguém chorar.
Comentários
Beijosss...
Beijos de domingo
bj
É bom receber dessa parte textos sempre vivos e concertantes... Continua o bom trabalho!
Abraço,
Antero
Quem ainda nao vivenciou alguma coisa simile a isso?...
Poucos, eu creio.
Tudo de bom.
Bjs!