Canícula
Aurélio todos os dias reclamava do calor que fazia no caminho do trabalho. Clara dizia que ele era um exagerado, afinal ele tinha o privilégio de ir trabalhar a pé e nem sofria com o trânsito.
Ele retrucava dizendo que, considerando as três viagens diárias que fazia entre o escritório e a casa , ida, ida e volta do almoço (só escapava quando voltava à noite) ele tomava sol cerca de 24 horas por mês. Um dia inteiro de sol.
Clara dava risada e dizia que aquilo não era nada demais, se ele achava que sofria, devia conhecer os trabalhadores das salinas.
Um dia, Aurélio chamou Clara na sala, pegou um caderno e começou a rabiscar equações.
Explicou que assim como um bife maior frita mais rápido que um pequeno pois tem maior área de exposição ao calor, ele , que era um homem de grande porte, também sofria mais com a irradiação solar.
Considerando o seu tamanho, ele tinha uma área de exposição ao sol de 1,71m2, bem mais que o dobro da dela que era baixa e magra.
Sabendo que a média de irradiação solar é de 2,3 x 107 J.m-2.dia-1, o calor incidente mensal sobre ele era de 4.208 kilojoules;
Clara começou a ficar asssustada com aqueles números, perguntou o que era um kilojoule.
Ele explicou que um joule equivale à força necessária para levantar uma maçã um metro acima do chão. Um kilojoule eram mil joules.
Ela pensou nas mais de 4 milhões maçãs que ele levantava todos os meses. Quase duzentas mil por dia. E ficou penalizada.
No dia seguinte Clara ligou para umas amigas tentando descobrir se alguma delas tinha alguma idéia para ajudá-la com Aurélio.
Descobriu que os tais 4.200 kilojoules equivaliam a 1.000 calorias.
No dia seguinte, quando Aurélio chegou em casa para almoçar só encontrou saladas e legumes cozidos. Justo ele que adorava um bom bife de contra filé cheio de gordura.
Olhou para Clara sem entender nada. Onde estava seu bife? Seu arroz e feijão?
Ela foi curta e grossa. Já que ele ganhava mais de 1000 calorias com o sol que tomava, precisava comer mais leve para não engordar.
A partir daquele dia Aurélio nunca mais reclamou do sol.
Ele retrucava dizendo que, considerando as três viagens diárias que fazia entre o escritório e a casa , ida, ida e volta do almoço (só escapava quando voltava à noite) ele tomava sol cerca de 24 horas por mês. Um dia inteiro de sol.
Clara dava risada e dizia que aquilo não era nada demais, se ele achava que sofria, devia conhecer os trabalhadores das salinas.
Um dia, Aurélio chamou Clara na sala, pegou um caderno e começou a rabiscar equações.
Explicou que assim como um bife maior frita mais rápido que um pequeno pois tem maior área de exposição ao calor, ele , que era um homem de grande porte, também sofria mais com a irradiação solar.
Considerando o seu tamanho, ele tinha uma área de exposição ao sol de 1,71m2, bem mais que o dobro da dela que era baixa e magra.
Sabendo que a média de irradiação solar é de 2,3 x 107 J.m-2.dia-1, o calor incidente mensal sobre ele era de 4.208 kilojoules;
Clara começou a ficar asssustada com aqueles números, perguntou o que era um kilojoule.
Ele explicou que um joule equivale à força necessária para levantar uma maçã um metro acima do chão. Um kilojoule eram mil joules.
Ela pensou nas mais de 4 milhões maçãs que ele levantava todos os meses. Quase duzentas mil por dia. E ficou penalizada.
No dia seguinte Clara ligou para umas amigas tentando descobrir se alguma delas tinha alguma idéia para ajudá-la com Aurélio.
Descobriu que os tais 4.200 kilojoules equivaliam a 1.000 calorias.
No dia seguinte, quando Aurélio chegou em casa para almoçar só encontrou saladas e legumes cozidos. Justo ele que adorava um bom bife de contra filé cheio de gordura.
Olhou para Clara sem entender nada. Onde estava seu bife? Seu arroz e feijão?
Ela foi curta e grossa. Já que ele ganhava mais de 1000 calorias com o sol que tomava, precisava comer mais leve para não engordar.
A partir daquele dia Aurélio nunca mais reclamou do sol.
Comentários
beijos de segunda