Quadrilha à pururuca
Eu não sou dado a competições. Já houve um tempo em que eu me degladiava por uma mísera medalha de lata (algumas ainda estão aqui enferrujadas em alguma gaveta), não sei as mudanças ideológicas ou a idade me afastaram desse tipo de rinha. Não me acho melhor ou pior por ganhar ou perder alguma coisa.
Outra atividade que não faz parte do meu repertório são as festas juninas. Aquele negócio de se caricaturar de caipira do século passado e passar a noite comendo pipoca e bebendo quentão está longe de ser um programa atrativo.
Mas confesso que eu fiquei tentado a participar do concurso de música junina de São Luiz do Paraitinga. Pensei em levantar nos meus arquivos de memória as duas ou três melodias que eu assassinei na minha adolescência, fazer uma transcrição para viola e me candidatar.
Afinal, não é todo dia que uma premiação me apetece como a desse concurso. Quando digo apetecer eu não estou sendo metafórico, mas literal. Quando vi o cartaz anunciando o evento fiquei com água na boca.
Qual outro concurso oferece ao ganhador, além de um troféu e prêmio em dinheiro, um leitão à pururuca? Mesmo se não conseguir ganhar ainda tenho a chance de receber a galinha caipira pelo segundo lugar ou o cuscuz oferecido ao terceiro colocado.
Até me imaginei no pódio. Ao invés de beijar a taça, eu daria uma abocanhada no leitão ou arrancaria uma coxa da galinha (não, não sei qual seria a minha reação com o cuscuz). Alternativamente poderia imitar a pose dos campeões mundiais de futebol e levantar o suíno sobre a minha cabeça, mostrando-o para a torcida.
O troféu poderia enfeitar minha coleção (que já tem dois ganhos no ano passado), o dinheiro pagaria umas contas. Mas o consumo do leitão deleitaria minhas papilas gustativas.
Seria a glória absoluta. Ainda que sic transit gloria mundi assim seria passageira a pururuca do leitão.
Outra atividade que não faz parte do meu repertório são as festas juninas. Aquele negócio de se caricaturar de caipira do século passado e passar a noite comendo pipoca e bebendo quentão está longe de ser um programa atrativo.
Mas confesso que eu fiquei tentado a participar do concurso de música junina de São Luiz do Paraitinga. Pensei em levantar nos meus arquivos de memória as duas ou três melodias que eu assassinei na minha adolescência, fazer uma transcrição para viola e me candidatar.
Afinal, não é todo dia que uma premiação me apetece como a desse concurso. Quando digo apetecer eu não estou sendo metafórico, mas literal. Quando vi o cartaz anunciando o evento fiquei com água na boca.
Qual outro concurso oferece ao ganhador, além de um troféu e prêmio em dinheiro, um leitão à pururuca? Mesmo se não conseguir ganhar ainda tenho a chance de receber a galinha caipira pelo segundo lugar ou o cuscuz oferecido ao terceiro colocado.
Até me imaginei no pódio. Ao invés de beijar a taça, eu daria uma abocanhada no leitão ou arrancaria uma coxa da galinha (não, não sei qual seria a minha reação com o cuscuz). Alternativamente poderia imitar a pose dos campeões mundiais de futebol e levantar o suíno sobre a minha cabeça, mostrando-o para a torcida.
O troféu poderia enfeitar minha coleção (que já tem dois ganhos no ano passado), o dinheiro pagaria umas contas. Mas o consumo do leitão deleitaria minhas papilas gustativas.
Seria a glória absoluta. Ainda que sic transit gloria mundi assim seria passageira a pururuca do leitão.
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