Mistura e manda
Algumas vezes a criatividade nada mais é do que promover a combinação de coisas que eram julgadas como incompatíveis. Certamente muita gente deve ter torcido o nariz quando primeiro cuca resolveu colocar um molho doce num prato salgado, para depois sair elogiando a novidade.
Muitas das receitas de grandes chefs que eu experimento fazer tem essa característica. Já fiz pato com molho de café (da Carla Pernambuco), já misturei suco de limão com creme de leite (para muitos uma heresia) e um dos pratos recorrentes aqui em casa é o lombo de porco com mel e alecrim (grande invenção do Bassoleil)
Diante de uma peça de filet mignon que eu tinha no freezer fiquei pensando no que fazer que não fosse simplesmente a repetição de pratos anteriores. Concluí que deveria assá-la e, depois, pensar num molho que fosse diferente.
Comecei com a minha receita de filet com azeitonas. Temperei a carne com sal e pimenta-do-reino, depois fiz um caldo com azeite, alho, louro, alecrim, salsa e cebolinha e derramei sobre a mesma. Deixei descansar um pouco para pegar o tempero e levei ao forno coberta com papel alumínio. O filet mignon é uma carne muito macia e não precisa de muito tempo para assar, depois de meia hora tirei o papel alumínio para deixá-la mais corada, adicionei batatas que eu havia cozinhado apenas com sal.
E o molho? Minha primeira idéia foi de apenas fazer um molho à base de creme de leite com algum ingrediente diferente (anis ? páprica doce?) mas, ao entrar na despensa, dei de cara com as latas de atum e resolvi fazer um molho tonné (ou tonnato para os italianos). A primeira reação foi: mas um molho frio numa carne assada? A segunda foi: vamos ver no que é que dá.
Num liquidificador coloquei uma lata de atum e uma de aliche (depois de escorrer o óleo de ambas), um pouco de azeite (apenas o suficiente para as pás do liquidificador começarem a girar) e fui acrescentando, aos poucos, maionese. Quando a consistência estava pastosa temperei com flocos secos de alho e um pouco de pimenta-do-reino. O sal do aliche já era suficiente. Só não inclui as alcaparras, porque não tinha nenhuma.
Apesar de, a princípio, enfrentar um ou outro nariz torcido, todos experimentaram aquele molho estranho colocando-o na carne, na batata e ainda num pouco de pão para raspar o prato.
Para completar, brócolis ninja no vapor e uma taça de um Bordeaux honesto.
Muitas das receitas de grandes chefs que eu experimento fazer tem essa característica. Já fiz pato com molho de café (da Carla Pernambuco), já misturei suco de limão com creme de leite (para muitos uma heresia) e um dos pratos recorrentes aqui em casa é o lombo de porco com mel e alecrim (grande invenção do Bassoleil)
Diante de uma peça de filet mignon que eu tinha no freezer fiquei pensando no que fazer que não fosse simplesmente a repetição de pratos anteriores. Concluí que deveria assá-la e, depois, pensar num molho que fosse diferente.
Comecei com a minha receita de filet com azeitonas. Temperei a carne com sal e pimenta-do-reino, depois fiz um caldo com azeite, alho, louro, alecrim, salsa e cebolinha e derramei sobre a mesma. Deixei descansar um pouco para pegar o tempero e levei ao forno coberta com papel alumínio. O filet mignon é uma carne muito macia e não precisa de muito tempo para assar, depois de meia hora tirei o papel alumínio para deixá-la mais corada, adicionei batatas que eu havia cozinhado apenas com sal.
E o molho? Minha primeira idéia foi de apenas fazer um molho à base de creme de leite com algum ingrediente diferente (anis ? páprica doce?) mas, ao entrar na despensa, dei de cara com as latas de atum e resolvi fazer um molho tonné (ou tonnato para os italianos). A primeira reação foi: mas um molho frio numa carne assada? A segunda foi: vamos ver no que é que dá.
Num liquidificador coloquei uma lata de atum e uma de aliche (depois de escorrer o óleo de ambas), um pouco de azeite (apenas o suficiente para as pás do liquidificador começarem a girar) e fui acrescentando, aos poucos, maionese. Quando a consistência estava pastosa temperei com flocos secos de alho e um pouco de pimenta-do-reino. O sal do aliche já era suficiente. Só não inclui as alcaparras, porque não tinha nenhuma.
Apesar de, a princípio, enfrentar um ou outro nariz torcido, todos experimentaram aquele molho estranho colocando-o na carne, na batata e ainda num pouco de pão para raspar o prato.
Para completar, brócolis ninja no vapor e uma taça de um Bordeaux honesto.
Comentários
Mas devo elogiar a sua iniciativa que, como vc descreveu, culminou com um prato de merecido sucesso.
Nao sò o seu bordeaux era honesto, pq a sua receita tb, rss.
Boa semana para vcs, Fabio!
E um bom apetite, tb!
Algumas das minhas o Tor adorou!
(Tor leia-se o mamífero canídeo que a gente tem aqui em casa.) :-)
Beijos invejosos!