Nova taxonomia zoometafórica
O mundo está mudando rapidamente e junto com ele algumas expressões zoológicas começam a perder o sentido.
Por que alguém ainda disca para alguém em telefones que não tem mais disco? Esse é apenas um exemplo, por isso esse blog que é super ultra pós moderno propõe uma nova taxonomia para o uso dos seres hype desse planeta:
Cachorros de raça indefinida passam a se chamar Cães Rasga-Sacos (ainda com hífen?), uma vez que ninguém usa mais latas de lixo, mas sacos plásticos. Aliás, outro dia mesmo vi um desses seres usando habilmente suas unhas para perscrutar os restos mortais depositados numa calçada.
A velha expressão eufemística de que o gato subiu no telhado deixará de ser usada por moradores de apartamentos onde, dificilmente, os gatos condominiais costumam passear. Pode se usar "o gato foi passear na varanda" ou, nos apartamentos mais modestos, "o gato subiu no parapeito".
Considerando os esforços do governo para que todo mundo tenha, ao menos, um carro popular, ninguém mais vai tirar o cavalinho da chuva. O problema dessa expressão é que, não existindo locais suficientes para se estacionar nas grandes cidades, vai ser muito difícil alguém dizer que vai tirar seu carrinho da chuva.
Vacas estão deixando de ir para o brejo. Primeiro porque só são vistas em latifúndios de criação extensiva. Depois porque os brejos estão todos sendo invadidos pela especulação imobiliária, mas eu não seria tão indelicado a ponto de me referir a determinadas pessoas que vão morar em antigos brejos, como bovinas.
Por falar em mulheres, o que exatamente queria dizer a expressão "idade da loba", se os lobos vivem, em média, de 15 a 20 anos. Uma mulher na idade da loba não passaria de uma adolescente.
Poderia continuar me estendendo por outras expressões, espírito de porco (virou uma questão futebolística), vida de cão (uma vida de luxo), memória de elefante, macaco velho ou velha raposa, mas fico por aqui antes que a sociedade protetora dos animais resolva me processar.
Por que alguém ainda disca para alguém em telefones que não tem mais disco? Esse é apenas um exemplo, por isso esse blog que é super ultra pós moderno propõe uma nova taxonomia para o uso dos seres hype desse planeta:
Cachorros de raça indefinida passam a se chamar Cães Rasga-Sacos (ainda com hífen?), uma vez que ninguém usa mais latas de lixo, mas sacos plásticos. Aliás, outro dia mesmo vi um desses seres usando habilmente suas unhas para perscrutar os restos mortais depositados numa calçada.
A velha expressão eufemística de que o gato subiu no telhado deixará de ser usada por moradores de apartamentos onde, dificilmente, os gatos condominiais costumam passear. Pode se usar "o gato foi passear na varanda" ou, nos apartamentos mais modestos, "o gato subiu no parapeito".
Considerando os esforços do governo para que todo mundo tenha, ao menos, um carro popular, ninguém mais vai tirar o cavalinho da chuva. O problema dessa expressão é que, não existindo locais suficientes para se estacionar nas grandes cidades, vai ser muito difícil alguém dizer que vai tirar seu carrinho da chuva.
Vacas estão deixando de ir para o brejo. Primeiro porque só são vistas em latifúndios de criação extensiva. Depois porque os brejos estão todos sendo invadidos pela especulação imobiliária, mas eu não seria tão indelicado a ponto de me referir a determinadas pessoas que vão morar em antigos brejos, como bovinas.
Por falar em mulheres, o que exatamente queria dizer a expressão "idade da loba", se os lobos vivem, em média, de 15 a 20 anos. Uma mulher na idade da loba não passaria de uma adolescente.
Poderia continuar me estendendo por outras expressões, espírito de porco (virou uma questão futebolística), vida de cão (uma vida de luxo), memória de elefante, macaco velho ou velha raposa, mas fico por aqui antes que a sociedade protetora dos animais resolva me processar.
Comentários
Beijos.
Ah, só pra seu conhecimento: Eu encaminho muitos dos seus textos a uma prima que é profa de português (a língua, não o lusitano) e ela tem usado com alunos de 6a e 7a série que adoram suas insanidades!
Bjo!
(Tô atolada em Turismo Rural e Teorias da Imagem... não consigo postar há dias...)
nem tanto, depois que ele viu o estrago já estava feito. (Mas se voce considerar divertido chegar em casa e ver seu intrumento musical vandalizado, então sim, ele se divertiu bastante.)
Eu, por exemplo, com o frio típico aqui do sul ando dormindo de toca diariamente. :-)
Aliás, nesse mato tem cachorro... (mato tá quase extinto, e a cachorrada tá solta pelas ruas!)
E as suas analises sao muito precisas.
Mas algumas destas ainda sao bem pertinentes, principalmente em politica: abraço de urso, a porca torce o rabo ou mm amigo da onça.hihihi
Bjs!
Bel: gostei da história dos alunos, depois me conta mais.
Elis: troque por um cobertor de orelha.
Rubinho: seria uma zoofilia morfológica?
Clau: abraço de urso foi o do Kadafi com o Berlusconi