Soneto Lúgubre
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Ao estilo de Augusto dos Anjos
Enquanto saboreias teu cigarro
Palavras rescendendo atro sarro
Escarradas de dentro dessa alma
Que nunca desfrutou a vida calma.
Não conviveste com a amenidade
Um lúgubre estio da eternidade
Na morte, musa amiga, decantada,
Repousas, como um colo, da amada.
Deleita-te em brasas infernais
Almas chorando sangue, nada mais
Além do ranger alegre dos dentes
Goza tua solidão vil e eterna
A dor deste teu coração caverna
E o riso das desgraças inclementes.
Comentários
Mas dentro da proposta, então ótimo.
bijo