Existem livros que lemos na juventude e por mais que tenhamos gostado acabamos nunca voltando a eles. Outros aos quais voltamos e nos perguntamos por que diabos eu tinha gostado disso? Nos últimos tempos voltei a ler Baudelaire. E me pergunto por que diabos demorei tanto para relê-lo? O "Spleen de Paris", também chamado de pequenos poemas em prosa é algo que deveria viver na minha cabeceira. Spleen, na acepção francesa da palavra (não confundir com o inglês onde quer dizer baço, ou sentimento de contrariedade) tem o sentido de melancolia. A melancolia do vadio Charles pelas ruas e salões de Paris é doce, amarga, leve, dolorosa, compassiva e cruel. Precisa na escolha das palavras e infinitamente mais poética ( resgatando o sentido helênico de poiesis como atividade que revela a beleza do espírito, envolvendo, portanto, prazer e satisfação) que muita coisa escrita em verso que circula por aí. Deixo aqui uma amostra, o pequeno poema XXXIII (na tradução de José Lino Grunewa
Comentários
bijok e thanks
Em "Dançando no escuro", há realmente cenas maravilhosas como cita o amigo aqui em cima. Mas eu não agüentei assistir àquele final... saí muito deprimida do cinema... talvez já não estivesse num dia bom. Mas acho que é uns dos finais mais fortes que já vi nas telas da minha vida.