A guerra dos tomates
"- É hoje que nós nos vingamos daquele chato", disseram os tomates para as cebolas, "cada vez que ele vem aqui fica passando a mão em todo mundo, aperta cada um de nós e depois nos joga de volta na pilha sem nenhum cuidado."
" - Aqui é a mesma coisa", responderam as aliáceas,"a vantagem é que somos mais duras e aguentamos melhor. Mas, digam, o que é que vocês vão fazer?"
"- Uma surpresa, não podemos contar para ninguém".
"- Ah...deixem de manha, contem. Vão rolar em cima dele quando ele passar?"
"- De jeito nenhum, isso atrapalharia os outros clientes".
"- Já sei", disse um dos bulbos, "vocês vão se estragar no caminho da casa dele..."
"- Que nada, isso apenas o deixaria ainda mais chato..."
Nessa altura do papo, o chato chegou e todos se calaram. Ele manteve o estilo, apalpou, apertou, cheirou...e ia arremessando as fanerógamas de volta na bancada.
Até que viu um tomate perfeito. Grande, homogeneamente vermelho, firme e perfumado. Não teve dúvidas, colocou na sacola, pagou e foi para casa.
Na hora do almoço caprichou no molho, não era todo dia que encontrava um fruto daqueles. Devorou-o de forma edaz.
No meio da tarde começou a diarréia que o manteve no banheiro por 3 dias, ao final dos quais, estava anêmico.
O antibiograma indicou a presença de magnoliófitos vingativus. O médico o proibiu terminantemente de comer tomates para o resto da vida.
No sacolão as solanáceas sorriam.
" - Aqui é a mesma coisa", responderam as aliáceas,"a vantagem é que somos mais duras e aguentamos melhor. Mas, digam, o que é que vocês vão fazer?"
"- Uma surpresa, não podemos contar para ninguém".
"- Ah...deixem de manha, contem. Vão rolar em cima dele quando ele passar?"
"- De jeito nenhum, isso atrapalharia os outros clientes".
"- Já sei", disse um dos bulbos, "vocês vão se estragar no caminho da casa dele..."
"- Que nada, isso apenas o deixaria ainda mais chato..."
Nessa altura do papo, o chato chegou e todos se calaram. Ele manteve o estilo, apalpou, apertou, cheirou...e ia arremessando as fanerógamas de volta na bancada.
Até que viu um tomate perfeito. Grande, homogeneamente vermelho, firme e perfumado. Não teve dúvidas, colocou na sacola, pagou e foi para casa.
Na hora do almoço caprichou no molho, não era todo dia que encontrava um fruto daqueles. Devorou-o de forma edaz.
No meio da tarde começou a diarréia que o manteve no banheiro por 3 dias, ao final dos quais, estava anêmico.
O antibiograma indicou a presença de magnoliófitos vingativus. O médico o proibiu terminantemente de comer tomates para o resto da vida.
No sacolão as solanáceas sorriam.
Comentários
Hahahaha
Mas adorei, aliás, sempre gosto de suas fábulas (tomate que fala faz o conto virar fábula, né não?)
Bjooo
Bjos
Beijo de sexta-feira.
Maria.
Fiquei imaginando as leguminosas conversando...Uma versão natureba de Toy Story....