Contículo polissindético (pequeno poema em prosa)
O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora.*
E sob as ondas espumantes, e sob as nuvens e os ventos, e sob as pontes e sob a ironia, e sob a ilusão do sentido nos deitamos.
Depois de chegarmos de viagem, e depois de tomarmos banho, e depois de dançarmos ao som da vitrola.
Que tocava os Penguins, e os Moonglows, e os Orioles e os Five Satins como na canção do cachorro de René e Georgette Magritte.
Por que antes nos beijamos, antes nos abraçamos, antes nos amamos, antes nos perdemos nos jardins delirantes do labirinto.
Nós que, antes nunca tivemos a glória, nunca tivemos o dinheiro, nunca tivemos o poder e nunca tivemos o perdão.
Acreditávamos na poesia, nas canções, na filosofia e não acreditavámos um no outro.
Sem crer partimos pelos mares, pelos desertos, pelas campinas, por dentro de nós.
No aconchego do claustro, na paciência e no sossego.Trabalhe, e teima, e lima, e sofre, e sua!**
E sob as ondas espumantes, e sob as nuvens e os ventos, e sob as pontes e sob a ironia, e sob a ilusão do sentido nos deitamos.
Depois de chegarmos de viagem, e depois de tomarmos banho, e depois de dançarmos ao som da vitrola.
Que tocava os Penguins, e os Moonglows, e os Orioles e os Five Satins como na canção do cachorro de René e Georgette Magritte.
Por que antes nos beijamos, antes nos abraçamos, antes nos amamos, antes nos perdemos nos jardins delirantes do labirinto.
Nós que, antes nunca tivemos a glória, nunca tivemos o dinheiro, nunca tivemos o poder e nunca tivemos o perdão.
Acreditávamos na poesia, nas canções, na filosofia e não acreditavámos um no outro.
Sem crer partimos pelos mares, pelos desertos, pelas campinas, por dentro de nós.
No aconchego do claustro, na paciência e no sossego.Trabalhe, e teima, e lima, e sofre, e sua!**
Polissíndeto é o emprego repetivo da conjunção entre as orações de um periodo ou entre os termos de oração.
*Machado de Assis
*Machado de Assis
**Olavo Bilac
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