Vício exótico
A filha reclamou que Ariane estava viciada em badminton. Desde que ela descobrira os mistérios da peteca ela só pensava naquilo.
O marido chegou mesmo a mandar uma matéria a respeito de clínicas de recuperação de viciados em raquetinhas.
Na verdade, era um exagero. Ela tinha aula uma vez por semana e, aos sábados passava a manhã na quadra jogando.
O que provocava o estranhamento era o fato de ser um esporte exótico e desconhecido.
Além do que, ninguém na casa entendia as regras daquele jogo, um verdadeiro atentado aos egos que sempre acharam que sabiam tudo a respeito de tudo.
Por que a peteca precisava ser feita de pena de ganso? O que é que o Duque de Beaufort tinha a ver com a história? Como que uma mera peteca poderia voar a mais de 200 km/h?
Será que não dava para ela jogar tênis como qualquer ser humano comum? Ariane não era uma mulher comum, não se contentava com coisas que todo mundo fazia.
Quando a televisão começou a passar os jogos do campeonato mundial, e ela a assistir, achou que a família ia massacrá-la. Os jogos aconteciam na Índia e o fuso horário fazia com que ela passasse as madrugadas assistindo o torneio.
Realmente chegou a ouvir reclamações, até o dia em que a filha chegou mais tarde e a encontrou na televisão. Sentou ao seu lado e começou a assistir o jogo junto com a mãe. Perguntou as regras, tirou as dúvidas e até torceu pela dupla da Dinamarca.
Ariane foi explicando tudo e, ao final do jogo, perguntou à filha se ela não queria ir assistí-la jogando. Não era nenhuma Han Aiping, mas até que jogava bem. A filha olhou com misto de surpresa e interesse.
Atualmente, Ariane e a filha são as campeãs de duplas femininas do clube em que jogam.
O marido chegou mesmo a mandar uma matéria a respeito de clínicas de recuperação de viciados em raquetinhas.
Na verdade, era um exagero. Ela tinha aula uma vez por semana e, aos sábados passava a manhã na quadra jogando.
O que provocava o estranhamento era o fato de ser um esporte exótico e desconhecido.
Além do que, ninguém na casa entendia as regras daquele jogo, um verdadeiro atentado aos egos que sempre acharam que sabiam tudo a respeito de tudo.
Por que a peteca precisava ser feita de pena de ganso? O que é que o Duque de Beaufort tinha a ver com a história? Como que uma mera peteca poderia voar a mais de 200 km/h?
Será que não dava para ela jogar tênis como qualquer ser humano comum? Ariane não era uma mulher comum, não se contentava com coisas que todo mundo fazia.
Quando a televisão começou a passar os jogos do campeonato mundial, e ela a assistir, achou que a família ia massacrá-la. Os jogos aconteciam na Índia e o fuso horário fazia com que ela passasse as madrugadas assistindo o torneio.
Realmente chegou a ouvir reclamações, até o dia em que a filha chegou mais tarde e a encontrou na televisão. Sentou ao seu lado e começou a assistir o jogo junto com a mãe. Perguntou as regras, tirou as dúvidas e até torceu pela dupla da Dinamarca.
Ariane foi explicando tudo e, ao final do jogo, perguntou à filha se ela não queria ir assistí-la jogando. Não era nenhuma Han Aiping, mas até que jogava bem. A filha olhou com misto de surpresa e interesse.
Atualmente, Ariane e a filha são as campeãs de duplas femininas do clube em que jogam.
Comentários
Foi exatamente em Gloucestershire, em Thornbury, quando morei no Camphill,em 1969, que conheci o badminton.Foram os primeiros sonhos que se tornaram luta e persistem até hoje.O badminton ficou lá, a peteca nacional continuo tentando.Lindo texto. Me trouxe boas lembranças.
Bom final de semana.
Beijos.
Arimar: que diria que você jogava badminton...