O tempo da música
Anita e Oto se conheceram num jantar de família à qual ambos eram agregados. Anita era pianista. Oto professor de dança. Não foi só a música que os uniu, mas esta sempre teve parte fundamental nas suas vidas.
Durante o jantar pediram que ela tocasse. Ele não tirou os olhos dos olhos dela. E ouviu cada nota com toda a atenção do mundo. Ela foi muito aplaudida, mas só ele elogiou o repertório que tinha escolhido. Nesse momento, ela se apaixonou.
Foi a música que os levou a concertos fantásticos, a belos musicais e a uma constante troca de CD´s e DVD´s. Foi através da música que Oto começou ensinar Anita a dançar. Ela, que até então se julgava dona de dois pés esquerdos, se revelou no salão.
Não poucas vezes paravam o que estavam fazendo para sentar e ouvir 19, 20 músicas em seguida, um olhando para o outro.
Também foi a música que, muitas vezes, gerou momentos de tensão entre os dois. Anita tinha seus compromissos profissionais, Oto, os dele. O amor provocava uma necessidade brutal de estarem juntos o tempo todo. Nem sempre isso era possível.
Anita, não poucas vezes, abriu mão de convites para tocar, em troca da sua companhia. A agenda mais flexível de Oto sempre acabava pressionando-a. Não sem consequências. Um dia ela pediu um tempo. Ele ficou apavorado. Tudo que entendia por "pedir um tempo" eram sinais de despedida.
O que Oto descobriu é que o tempo de Anita não era uma ameaça de abandono, mas mais uma prova do seu amor por ele. O tempo que ela precisava era justamente para poder amá-lo sem distrações do dia-a-dia. Para amá-lo ainda mais do que o fazia, como se isso fosse possível. E era, ela sempre conseguia ir além de qualquer expectativa.
Por isso mesmo, Oto a incentivou para aceitar um convite para tocar num recital de tango em Vancouver. Tinha certeza que ela brilharia como sempre. Ela relutou um pouco, teria de ficar fora quase uma semana. Para satisfazê-lo ela foi.
Quando chegou ao seu destino, Anita logo pegou o telefone e, sabendo que aquela hora ele estaria dando aulas de dança, lhe mandou uma mensagem: "Que a música seja um elo entre nossos corações e que cada passo que você der te traga mais perto de mim".
Emocionado, Oto não conseguiu sequer dizer obrigado. Quando chegou em casa foi verificar o fuso horário e, no exato momento em que ela deveria estar aquecendo os dedos para a sua apresentação, lhe respondeu: "Cada nota, cada acorde e até cada dissonância me fazem te amar ainda mais. E não existe passo que dê, dançando ou não que não seja teu."
E o tempo que se deram, passou a atender pelo nome de eternidade.
Durante o jantar pediram que ela tocasse. Ele não tirou os olhos dos olhos dela. E ouviu cada nota com toda a atenção do mundo. Ela foi muito aplaudida, mas só ele elogiou o repertório que tinha escolhido. Nesse momento, ela se apaixonou.
Foi a música que os levou a concertos fantásticos, a belos musicais e a uma constante troca de CD´s e DVD´s. Foi através da música que Oto começou ensinar Anita a dançar. Ela, que até então se julgava dona de dois pés esquerdos, se revelou no salão.
Não poucas vezes paravam o que estavam fazendo para sentar e ouvir 19, 20 músicas em seguida, um olhando para o outro.
Também foi a música que, muitas vezes, gerou momentos de tensão entre os dois. Anita tinha seus compromissos profissionais, Oto, os dele. O amor provocava uma necessidade brutal de estarem juntos o tempo todo. Nem sempre isso era possível.
Anita, não poucas vezes, abriu mão de convites para tocar, em troca da sua companhia. A agenda mais flexível de Oto sempre acabava pressionando-a. Não sem consequências. Um dia ela pediu um tempo. Ele ficou apavorado. Tudo que entendia por "pedir um tempo" eram sinais de despedida.
O que Oto descobriu é que o tempo de Anita não era uma ameaça de abandono, mas mais uma prova do seu amor por ele. O tempo que ela precisava era justamente para poder amá-lo sem distrações do dia-a-dia. Para amá-lo ainda mais do que o fazia, como se isso fosse possível. E era, ela sempre conseguia ir além de qualquer expectativa.
Por isso mesmo, Oto a incentivou para aceitar um convite para tocar num recital de tango em Vancouver. Tinha certeza que ela brilharia como sempre. Ela relutou um pouco, teria de ficar fora quase uma semana. Para satisfazê-lo ela foi.
Quando chegou ao seu destino, Anita logo pegou o telefone e, sabendo que aquela hora ele estaria dando aulas de dança, lhe mandou uma mensagem: "Que a música seja um elo entre nossos corações e que cada passo que você der te traga mais perto de mim".
Emocionado, Oto não conseguiu sequer dizer obrigado. Quando chegou em casa foi verificar o fuso horário e, no exato momento em que ela deveria estar aquecendo os dedos para a sua apresentação, lhe respondeu: "Cada nota, cada acorde e até cada dissonância me fazem te amar ainda mais. E não existe passo que dê, dançando ou não que não seja teu."
E o tempo que se deram, passou a atender pelo nome de eternidade.
Comentários
beijos de quinta feira
Beijos
Arimar
Perfeito!!!
Bom fim de semana para vcs, Fabio.
Bjs!
Bel: tem toda razão, forever
Edilene: que bom te ler por aqui
Clau: esse é o tempo do amor
Roberta: você já deve ter notado, eu sou um romântico incorrigível