(In) Existência
Ela entrou no carro dele com o olhar cansado. Tinha dormido muito mal nas últimas noites, preocupada com o futuro.
Não que não tivesse boas expectativas a respeito deste, muito pelo contrário, tudo parecia maravilhoso mas, para alcançá-lo, teria de enfrentar alguns terremotos e isso a assustava muito.
Ao seu lado ele a observava. Mesmo sabendo o que a preocupava ele fazia questão que ela falasse e repetisse. Acreditava ser uma forma de colocar para fora o que envenenava a sua alma.
Era a primeira viagem que os dois faziam juntos. Veriam o mar pela primeira vez juntos. Iriam se registrar juntos num hotel pela primeira vez.
Ele trouxera os discos. Uma antologia da vida a dois. Pediu que ela escolhesse o repertório.
Mal entraram na estrada ela recostou o banco, segurou o cotovelo dele e, logo depois, dormiu.
Ele alternava o olhar entre a estrada e ela. Linda repousando ao seu lado. Pensava em todo amor que sentia.
Enternecido com o seu sono, ele a acariciava sempre que podia. Ela dormia profundamente, a ponto de sua mão estar completamente relaxada.
Horas depois chegaram a seu destino. Durante o final de semana fizeram tudo o que tinham planejado e um pouco mais. Ela ainda teve dificuldades para dormir durante aquelas duas noites.
Na volta ela dormiu novamente no carro e, mais uma vez, ele se apaixonou por ela (fato que já acontecia várias vezes por dia). Mais que isso, ele se sentiu elogiado pelo seu sono.
Concluiu que, para dormir no carro tranquilamente daquele jeito, ela confiava completamente no que ele estava fazendo. Como uma criança.
Era uma criança. Ao mesmo tempo uma mulher. E que mulher. Concluiu que, por mais que a tocasse e sentisse, ela não existia.
Quase chegando ela acordou. Para ouvir dele a declaração de amor existente, por um ser inexistente.
Não que não tivesse boas expectativas a respeito deste, muito pelo contrário, tudo parecia maravilhoso mas, para alcançá-lo, teria de enfrentar alguns terremotos e isso a assustava muito.
Ao seu lado ele a observava. Mesmo sabendo o que a preocupava ele fazia questão que ela falasse e repetisse. Acreditava ser uma forma de colocar para fora o que envenenava a sua alma.
Era a primeira viagem que os dois faziam juntos. Veriam o mar pela primeira vez juntos. Iriam se registrar juntos num hotel pela primeira vez.
Ele trouxera os discos. Uma antologia da vida a dois. Pediu que ela escolhesse o repertório.
Mal entraram na estrada ela recostou o banco, segurou o cotovelo dele e, logo depois, dormiu.
Ele alternava o olhar entre a estrada e ela. Linda repousando ao seu lado. Pensava em todo amor que sentia.
Enternecido com o seu sono, ele a acariciava sempre que podia. Ela dormia profundamente, a ponto de sua mão estar completamente relaxada.
Horas depois chegaram a seu destino. Durante o final de semana fizeram tudo o que tinham planejado e um pouco mais. Ela ainda teve dificuldades para dormir durante aquelas duas noites.
Na volta ela dormiu novamente no carro e, mais uma vez, ele se apaixonou por ela (fato que já acontecia várias vezes por dia). Mais que isso, ele se sentiu elogiado pelo seu sono.
Concluiu que, para dormir no carro tranquilamente daquele jeito, ela confiava completamente no que ele estava fazendo. Como uma criança.
Era uma criança. Ao mesmo tempo uma mulher. E que mulher. Concluiu que, por mais que a tocasse e sentisse, ela não existia.
Quase chegando ela acordou. Para ouvir dele a declaração de amor existente, por um ser inexistente.
Comentários
beijos de sábado
Bom fim de semana, Fabio.
Bjs!
Salvo engano...