Gema rara
Seu pai sempre se referia a ela como uma gema rara.
Lúcia, ainda pequena, só conhecia a gema de ovo e se imaginava transformada em um omelete semelhante aos que o pai comia nos cafés da manhã de domingo.
Até o dia em que, tendo se machucado, desatou a chorar e ouviu sua mãe perguntar o que fazer para que "essa menina não gema". Passou a acreditar que seu pai debochava do seus sofrimentos.
Cresceu em dúvidas sobre seu caráter comestível ou lamentável. Não sabia se era fonte de prazer para o paladar do pai ou culpada como geradora de ansiedade na mãe.
Recolheu-se na sua timidez. Não tinha amigos ou namorados.
Conheceu Alberto na lanchonete da faculdade. Ela caloura e ele quase se formando. Amor à primeira vista. Avassalador.
Viviam um romance de conto de fadas, até o dia que Alberto se referiu a ela como uma gema preciosa. Lúcia caiu em prantos. Alberto não entendeu nada.
Conforme ela explicava o motivo da sua crise de lágrimas o namorado, sempre carinhoso, se esforçava para não rir. Convidou-a para um passeio no parque onde ele sabia que existia um museu de geologia.
Quando entraram na sala de mineralogia, ele parou diante da placa explicativa e começou a ler em voz alta, sem se preocupar com os demais visitantes
" - Uma gema é apreciada especialmente pela sua beleza ou grande perfeição, a aparência é quase sempre o atributo mais importante das gemas..."
Lúcia olhava para ele, cada vez mais apaixonada...e ele não parava de falar:
" As características que tornam uma gema bela ou desejável são a cor, efeitos ópticos incomuns no interior da pedra, uma inclusão interessante , uma raridade e às vezes a própria forma do cristal natural..."
As lágrimas escorriam dos olhos dela mas, dessa vez, eram lágrimas de felicidade.
No dia seguinte ele apareceu na sua casa com uma aliança de sugilite e a pediu em casamento.
A gema rara brilhou para sempre.
Lúcia, ainda pequena, só conhecia a gema de ovo e se imaginava transformada em um omelete semelhante aos que o pai comia nos cafés da manhã de domingo.
Até o dia em que, tendo se machucado, desatou a chorar e ouviu sua mãe perguntar o que fazer para que "essa menina não gema". Passou a acreditar que seu pai debochava do seus sofrimentos.
Cresceu em dúvidas sobre seu caráter comestível ou lamentável. Não sabia se era fonte de prazer para o paladar do pai ou culpada como geradora de ansiedade na mãe.
Recolheu-se na sua timidez. Não tinha amigos ou namorados.
Conheceu Alberto na lanchonete da faculdade. Ela caloura e ele quase se formando. Amor à primeira vista. Avassalador.
Viviam um romance de conto de fadas, até o dia que Alberto se referiu a ela como uma gema preciosa. Lúcia caiu em prantos. Alberto não entendeu nada.
Conforme ela explicava o motivo da sua crise de lágrimas o namorado, sempre carinhoso, se esforçava para não rir. Convidou-a para um passeio no parque onde ele sabia que existia um museu de geologia.
Quando entraram na sala de mineralogia, ele parou diante da placa explicativa e começou a ler em voz alta, sem se preocupar com os demais visitantes
" - Uma gema é apreciada especialmente pela sua beleza ou grande perfeição, a aparência é quase sempre o atributo mais importante das gemas..."
Lúcia olhava para ele, cada vez mais apaixonada...e ele não parava de falar:
" As características que tornam uma gema bela ou desejável são a cor, efeitos ópticos incomuns no interior da pedra, uma inclusão interessante , uma raridade e às vezes a própria forma do cristal natural..."
As lágrimas escorriam dos olhos dela mas, dessa vez, eram lágrimas de felicidade.
No dia seguinte ele apareceu na sua casa com uma aliança de sugilite e a pediu em casamento.
A gema rara brilhou para sempre.
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beijos de terça