Só mesmo com poesia


Depois de um fim de semana e segunda-feira agitados, só poesia para acalmar um pouco


O rei


Sentados aguardamos a entrada majestosa
Vem o rei escoltado por simpático escudeiro.

Borbulha o rei
Encantando-nos com seu ritual
Sem saber que, como ele ,
Nossas emoções borbulham igual .

Borbulha o rei
Silenciosa e misteriosamente
Sem ao menos imaginar
Os sonhos que fermentam cada mente .

Borbulha o rei
Abraça a taça, larga porta de cristal
Suave e lento exala aromas e intenções
Envolve-nos num colo emocional .

Borbulha o rei ,
Movimento sutil , escorre suspirando ,
Esconde segredos que não entendemos
O rei nos invade, almas lavando .

Aos poucos as bolhas se dissipam
Nuvem de fumaça e sonhos
Sonhos de nuvens de fumaça
Fumaça de sonhos e nuvens
Encerra da curta vida o ritual .

Nós continuamos.

Comentários

Anônimo disse…
Pelo escudeiro se conhece o rei.Os sonhos de fumaça não podem se dissipar.

Poesia linda e encantadora.

Um beijo.
Unknown disse…
qual a safra e procedência pra render poesia?


bijok
Fábio Adiron disse…
Mal: a safra era uma '66, excelente ano, por sinal

Vilma: alguns se dissipam enquanto sonhos, mas permanecem na memória

Postagens mais visitadas deste blog

Poemeto sintagmático

Basium, osculum e suavium

Embriaga-te de Baudelaire