Eu bebi a água do Tietê
Sábadão de manhã, as crianças ficam por minha conta. Cada sábado invento uma aventura diferente. As lições de casa sempre são uma fonte de inspiração, nesse caso havia um cartaz a ser feito a respeito do Rio Tietê (também conhecido em São Paulo como esgoto a céu aberto). Claro que eu poderia ter feito uma caminhada até a ponte da Casa Verde que fica aqui perto, ter tirado umas fotos e resolvido a questão. Mas quem disse que eu gosto de coisas simples e sãs ? Vamos para Salesópolis.
Se você não sabe, Salesópolis é uma metrópole (tem só 2% da sua área total como área urbana) com um pouco mais de 15 mil habitantes e que fica a cerca de 100km de São Paulo. A cidade é internacionalmente famosa na região do Alto Tietê como sendo o local onde está a nascente do Rio Tietê, além disso, também é onde nasce o Rio Tietê e complementarmente tem como ponto turístico o parque da nascente do Rio Tietê.
A saída de casa é tranquila, boné, garrafa de água, dinheiro para o pedágio e outras besteiras. São 9 da manhã. A estrada é longa, mas o caminho não é deserto, opto pela rota que passa por Santa Branca (13 mil habitantes) e vai pela montanha. Chegamos em Salesópolis. No primeiro posto de gasolina (não, não vi o segundo) pergunto o caminho para a nascente. Segue em frente, 12 km, depois tem uma estradinha de terra, mais 5 km.
Lá chegamos depois de quase duas horas de viagem. Achei que o parque estava fechado, no estacionamento só tinha o meu carro. A funcionária da bilheteria tem a coragem de me cobrar R$2 pelo ingresso, criança não paga (custo total per capita R$0,67), a mesma funcionária sai da bilheteria e nos acompanha até a nascente, faz o seu discurso sobre a pureza da água e os 1.136km do rio, depois nos mostra as torneiras para beber água. Vejo que existe uma loja de artesanato fechada, a funcionária (a mesma) prontamente vai buscar a chave, me atende, compro um livro e uma garrafinha de água que as crianças vão mostrar aos colegas. Pergunto sobre algum lugar para almoçar...e ela (sim...ela...a mesma) se oferece para fazer um almoço (isso é que é one-woman-show), mas aí já achei que era demais.
Estrada de terra de volta...começo ouvir o barulho de pedras batendo no fundo do carro - estranho, na vinda não estavam batendo. Vou ver se não tem nada solto. Não tem. Mas tem um pneu furado. Se você já trocou um pneu em uma estrada de terra sabe o que isso significa. Pneu trocado. Já no asfalto, almoço caseiro no restaurante da Nhá Luz. Nova parada em Salesópolis, dessa vez no borracheiro. A volta por outro caminho,o de Mogi das Cruzes que, segundo a minha filha de 6 anos deveria se chamar Mogi das Hortas, pois ela não viu nenhuma cruz, mas horta tem uma atrás da outra.
Chegamos em casa depois das 4 da tarde. Ufa. Missão cumprida, apesar dos pesares foi divertido. Aí vira o meu filho (que está fazendo o trabalho sobre o rio) e me sugere :
- Que tal sábado que vem a gente ir até a foz ??
Pano rápido.
Se você não sabe, Salesópolis é uma metrópole (tem só 2% da sua área total como área urbana) com um pouco mais de 15 mil habitantes e que fica a cerca de 100km de São Paulo. A cidade é internacionalmente famosa na região do Alto Tietê como sendo o local onde está a nascente do Rio Tietê, além disso, também é onde nasce o Rio Tietê e complementarmente tem como ponto turístico o parque da nascente do Rio Tietê.
A saída de casa é tranquila, boné, garrafa de água, dinheiro para o pedágio e outras besteiras. São 9 da manhã. A estrada é longa, mas o caminho não é deserto, opto pela rota que passa por Santa Branca (13 mil habitantes) e vai pela montanha. Chegamos em Salesópolis. No primeiro posto de gasolina (não, não vi o segundo) pergunto o caminho para a nascente. Segue em frente, 12 km, depois tem uma estradinha de terra, mais 5 km.
Lá chegamos depois de quase duas horas de viagem. Achei que o parque estava fechado, no estacionamento só tinha o meu carro. A funcionária da bilheteria tem a coragem de me cobrar R$2 pelo ingresso, criança não paga (custo total per capita R$0,67), a mesma funcionária sai da bilheteria e nos acompanha até a nascente, faz o seu discurso sobre a pureza da água e os 1.136km do rio, depois nos mostra as torneiras para beber água. Vejo que existe uma loja de artesanato fechada, a funcionária (a mesma) prontamente vai buscar a chave, me atende, compro um livro e uma garrafinha de água que as crianças vão mostrar aos colegas. Pergunto sobre algum lugar para almoçar...e ela (sim...ela...a mesma) se oferece para fazer um almoço (isso é que é one-woman-show), mas aí já achei que era demais.
Estrada de terra de volta...começo ouvir o barulho de pedras batendo no fundo do carro - estranho, na vinda não estavam batendo. Vou ver se não tem nada solto. Não tem. Mas tem um pneu furado. Se você já trocou um pneu em uma estrada de terra sabe o que isso significa. Pneu trocado. Já no asfalto, almoço caseiro no restaurante da Nhá Luz. Nova parada em Salesópolis, dessa vez no borracheiro. A volta por outro caminho,o de Mogi das Cruzes que, segundo a minha filha de 6 anos deveria se chamar Mogi das Hortas, pois ela não viu nenhuma cruz, mas horta tem uma atrás da outra.
Chegamos em casa depois das 4 da tarde. Ufa. Missão cumprida, apesar dos pesares foi divertido. Aí vira o meu filho (que está fazendo o trabalho sobre o rio) e me sugere :
- Que tal sábado que vem a gente ir até a foz ??
Pano rápido.
Comentários
Sensacional!!
Da próxima vez eu quero ir junto!
Me leva, tio?
Queria ter filmado a aventura do trio!
Bijim ,pra garota das hortas e pro rapaz das aguas
No ano passado a Bel foi conhecer o Projeto Pomar e voltou afirmando que não adiantava colocar aquelas "plantinhas" ao redor se não cuidavam do principal: a poluição do rio.
Na verdade nem sempre o pensamento mágico das crianças é tão impossível assim.
Uma dica para seus sábados é descer a velha serra de Santos a pé. Tem um passeio monitorado, vc conhece? Eu tenho muita vontade de ir, meus alunos disseram que é maravilhoso!!
Fora que, depois, vc poderá dar uma passadinha na Vila Belmiro, certo????rs
Ou eu que estou cada dia mais velha??? ...triste conclusão! Adorei o passeio, vamos ficar esperando por outros!bjs e ótima semana!
Marli
Lembrei dos passeios que fazia com meu avô às margens do querido rio Paraíba do Sul (também tããão degradado já)...
Grande post!
Passeio gostoso, Fábio, viajamos contigo.
Abração do MAQ.