O que os olhos não vêem
Ernesto sempre admirou as mulheres. Adorava observá-las em todos os lugares onde estava, num nível de detalhes que não lhe era sempre possível externar.
Fazia isso quase que como um esporte, sem nenhuma intenção adicional.
Fazia isso quase que como um esporte, sem nenhuma intenção adicional.
Até o dia em que, reparando nas colegas de trabalho, percebeu que Sônia era especialmente bonita e atraente, além de manter uma elegância impecável. Apaixonou-se.
Não demorou muito para que começassem a namorar. Ernesto, que não era bobo, refreou seus instintos voyeurísticos. Não que tivesse deixado de olhar as mulheres, mas procurava ser o mais discreto possível e, claro, guardava seus comentários para si mesmo.
Sônia, que conhecia sua fama, não queria reprimí-lo totalmente. Aos poucos foi deixando o namorado mais à vontade, inclusive trocando comentários sobre as mulheres que viam.
Ernesto relaxou e, sem perceber, voltou a olhar acintosamente para todas as mulheres, mesmo quando estava com Sônia.
Um dia, num café, Sônia não se conteve e reclamou, o comportamento do namorado estava extrapolando os limites. Ernesto foi rápido na resposta:
" - Quanto mais eu observo outras mulheres, mais eu me convenço de que você é a mais linda de todas..."
Sônia abriu um sorriso, olhou-o com ternura e admiração.
Depois levantou-se, meteu a mão na cara de Ernesto e saiu sem dizer mais nada.
Comentários
Sei não!
Ernesto não vai mudar e Sonia vai ficar solteirona.
Não seria mais fácil ela dar aqueles beliscões afetivos??
No fundo a relação já não deveria estar boa, rs rs rs rs
Beijos