O buraco
Alice se aproximou vagarosamente e olhou para dentro dele.
Não conseguiu enxergar o seu fim e, por isso mesmo, temeu aventurar-se tomando um destino não previsível.
Ao mesmo tempo não conseguia sair do lugar.
Como se a profundidade e a escuridão lhe fossem um imã incontrolável.
Meditou sobre as escolhas da vida e creu que, se ainda estava sã, era por se manter à margem de qualquer risco.
Não percebia que a sanidade estava no fundo do buraco e não fora dele.
Questionava-se sobre o preço a pagar pela ousadia de pular no abismo.
Haveria retorno razoável para uma atitude daquelas. O tombo traria lucro ou prejuízos?
Como em qualquer investimento, o risco alto também trazia grandes retornos.
Descontroladamente entregue a ele, ela se lançou.
Para o incômodo dos outros, sua vida tornou-se uma maravilha.
Comentários
Bom dia!!!
Exatamente isso!
Beijo imenso!!!!!!!