Casamento grego
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Antonio já era professor de matemática num colégio particular há alguns anos quando descobriu que qualquer pessoa alfabetizada e com documentação em ordem poderia ser juiz de paz.
Como matemático, começou a atribuir código que apostava junto à sua assinatura nas certidões de matrimônio, todos em letras gregas.
Não teve dúvidas, se candidatou ao cargo, foi eleito e assumiu os casamentos do seu distrito, no cartório do bairro cujo tabelião tinha sido seu colega de escola.
A diferença de Antonio para outros juizes de paz é que ele fazia questão de conversar com os nubentes alguns dias antes da cerimônia.
Bom analista da alma humana, ele identificava nos noivos se o casamento era por amor ou não e quanto que iria durar.
Tão bom que, no decorrer dos anos, o tabelião começou a tabular as datas de casamentos e divórcios dos noivos de Antonio. A margem de erro era quase nula.
Como matemático, começou a atribuir código que apostava junto à sua assinatura nas certidões de matrimônio, todos em letras gregas.
Casais equilibrados e sensatos recebiam de Antonio o Σ . O casamento tinha qualidades que se somavam e, mesmo sem emoções, seria um casamento duradouro.
Outros, pelo contrário não tinham qualidade nenhuma e o casamento tendia rapidamente ao zero, recebiam um ε
Quando percebia diferenças irreconciliáveis entre os noivos, esses eram carimbados com um δ
A maioria, no entanto, eram os casamentos por puro interesse, do noivo, da noiva, ou de ambos, a letra π era a que mais ilustrava as certidões.
Claro, ele também percebia quando o amor era amor mesmo, que superaria diferenças, dificuldades e problemas.
Poucas foram as vezes que usou a , mas quando colocava, era com gosto.
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Comentários
Jô
Pois muito teria me servido um assim, ja que o que fez meu casamento era um "analfabeto".
Hihihi!
Bjs!
Sabe que é uma boa opções para professores de matemática????
Favor passar o endereço do cidadão Urgente!!!!!
Beijos.