Escravos de Jó
Rinaldo e Karina começaram a namorar na adolescência e nunca se separaram. Também nunca casaram. Nem eles mesmos sabiam explicar o por quê (ou os vários por quês).
Chegaram mesmo a comprar e mobiliar um apartamento com a intenção de morarem juntos, o que nunca aconteceu.
O apartamento virou um lugar de refúgio para eles. Ambos usavam o lugar sozinhos, algumas vezes; muitas outras juntos, geralmente nos finais de semana. O que não impedia que um dormisse na casa do outro de vez em quando.
Rinaldo morava coma mãe, já idosa. Karina coma irmã mais nova. Nem uma nem a outra jamais questionaram o arranjo de vida dos dois.
Já o resto do mundo não entendia nada. No começo ainda tentavam explicar, depois desistiram e começaram a se divertir com as reações das pessoas.
No supermercado os olhos arregalados dos caixas quando separavam as compras da minha casa, da sua casa e da nossa casa.
No cabelereiro ela ria quando Rinaldo chegava com a mãe e saía com ela dizendo que ia até em casa antes de voltar para casa.
Sem contar as vezes que pagando a conta em restaurantes Karina dizia não saber se ia dormir com ele ou com a irmã. Uma vez o garçom chegou mesmo a derrubar a bandeja onde trazia o café. Ninguém se queimou.
Os porteiros dos três prédios já tinham se acostumado com o trânsito dos carros, o de Rinaldo, o de Karina e o da irmã de Karina que ela pegava nos dias de rodízio.
Uma vez resolveram reformar, ao mesmo tempo, os banheiros de todas as casas. Foram comprar vaso sanitários e o vendedor não sabia a quem dar razão. A Rinaldo que queria um modelo que fosse seguro para a mãe, a Karina que queria algo feminino que combinasse com ela e com a irmã, ou aos dois quando escolhiam um modelo futurista para a casa comum.
Compraram 3 vasos e 3 tampas de acordo com a necessidade de casa lugar. A tampa de Karina foi entregue com o vaso da casa comum, a tampa da casa comum com o vaso da casa de Rinaldo e a casa comum recebeu um vaso sem tampa.
Não dava mais para continuar daquele jeito. Passaram a noite discutindo as possíbilidades e, depois de muitos cafés, se acertaram.
A máe de Rinaldo foi mandada para um lar de idosos e o apartamento vendido. Karina ficou como única proprietária da casa comum.
E Rinaldo foi morar com a irmã de Karina, com quem se casou seis meses depois.
Chegaram mesmo a comprar e mobiliar um apartamento com a intenção de morarem juntos, o que nunca aconteceu.
O apartamento virou um lugar de refúgio para eles. Ambos usavam o lugar sozinhos, algumas vezes; muitas outras juntos, geralmente nos finais de semana. O que não impedia que um dormisse na casa do outro de vez em quando.
Rinaldo morava coma mãe, já idosa. Karina coma irmã mais nova. Nem uma nem a outra jamais questionaram o arranjo de vida dos dois.
Já o resto do mundo não entendia nada. No começo ainda tentavam explicar, depois desistiram e começaram a se divertir com as reações das pessoas.
No supermercado os olhos arregalados dos caixas quando separavam as compras da minha casa, da sua casa e da nossa casa.
No cabelereiro ela ria quando Rinaldo chegava com a mãe e saía com ela dizendo que ia até em casa antes de voltar para casa.
Sem contar as vezes que pagando a conta em restaurantes Karina dizia não saber se ia dormir com ele ou com a irmã. Uma vez o garçom chegou mesmo a derrubar a bandeja onde trazia o café. Ninguém se queimou.
Os porteiros dos três prédios já tinham se acostumado com o trânsito dos carros, o de Rinaldo, o de Karina e o da irmã de Karina que ela pegava nos dias de rodízio.
Uma vez resolveram reformar, ao mesmo tempo, os banheiros de todas as casas. Foram comprar vaso sanitários e o vendedor não sabia a quem dar razão. A Rinaldo que queria um modelo que fosse seguro para a mãe, a Karina que queria algo feminino que combinasse com ela e com a irmã, ou aos dois quando escolhiam um modelo futurista para a casa comum.
Compraram 3 vasos e 3 tampas de acordo com a necessidade de casa lugar. A tampa de Karina foi entregue com o vaso da casa comum, a tampa da casa comum com o vaso da casa de Rinaldo e a casa comum recebeu um vaso sem tampa.
Não dava mais para continuar daquele jeito. Passaram a noite discutindo as possíbilidades e, depois de muitos cafés, se acertaram.
A máe de Rinaldo foi mandada para um lar de idosos e o apartamento vendido. Karina ficou como única proprietária da casa comum.
E Rinaldo foi morar com a irmã de Karina, com quem se casou seis meses depois.
Comentários
Bjoo!
Muito bom!
beijo de feriado
PS: Bem que pro lado de cá as coisas poderiam ser um pouco mais modernas