Dos tempos de Said Ali
Por ter sido batizado de Emanuel ele acreditava ter aseidade, os amigos achavam que não passava de pinima ou excesso de noética.
Como um éfeta ele pendurava prismáticas pela casa. Não passava de coivara.
Um dia declarou que encontrara sua tágide portando uma camalha.
Seu coração passou a ouvir arietas. Acreditou num amor imarcessível e talássico.
Luiza era bigutada, o que não impedia que Emanuel a considerasse ilenível.
Seu xantocromismo, na verdade, disfarçava sua artrodinia, como a de um brissóide.
O casamento foi seráfico, com alianças de lidita e ramalhetes de toés.
No cruzeiro de núpcias, Emanuel mirou uma híade, sentiu uma éctase e despencou pela risbordo.
Surgiu na praia como um terção comido de guetes.
*Manuel Said Ali Ida (Petrópolis, 21 de outubro de 1861 — Rio de Janeiro, 27 de maio de 1953) foi um filólogo brasileiro, considerado por muitos como o maior sintaxista da língua portuguesa.
Comentários
Que bom que você voltou. Estávamos com saudades. Muitíssimo bem-vindo.
Só uma pergunta sobre o texto "Dos tempos de Said Ali".
Você comeu muitas ostras? rs rs
Abraços para a família também.
Arimar
saudades querido amigo, fez muita falta pra todos nós.
beijos.
Não é deu certo?
Café fresco...Oba!
O café tá forte e doce, muito bom, mas estou em dúvida sobre a "bigutada"...como não vai explicar mesmo, eu como com manteiga!
Beijos de segunda.
Arimar: não comi ostras, mas mariscos, camarões, peixes, siris....
Mariazinha...infâmia nenhuma
Vilma : melancia ganhou acento na reforma ortográfica?
Rubinho : e javanês ?
Bete : sacode a poeira e dá a volta por cima