Rio das pedras
Victor parou diante do quadro que estava na entrada da exposição. Uma paisagem onde uma corredeira atravessava a floresta de tons outonais.
De um ponto de vista a água parecia correr da base para o topo do quadro. De outro ângulo teve impressão que corria no sentido inverso.
Começou a se movimentar em torno do quadro. Dava alguns passos. Parava. Mais alguns passos. Parava de novo.
De repente notou que uma mulher o observava. Ficou sem jeito e já ia entrar para ver o resto da exposição quando ela o interrogou:
" - Pelo jeito você gostou da pintura..."
" - Sim, sim, muito. É um quadro muito bonito. E enigmático.
" - Enigmático? Acho que nunca ouvi essa expressão a respeito dos meus quadros."
" - Ah! Você é a pintora? Posso te fazer uma pergunta?"
" - Claro, se eu souber responder..."
" - A direção do rio... ele está subindo ou descendo?"
" - Que impressão que teve?"
" - Não sei. Em alguns ângulos subindo, em muitos outros descendo."
" - O que você prefere?"
" - Não sei, só fiquei confuso."
" - Deixa eu te mostrar a foto do lugar original."
Victor olhou a fotografia. Nela ficava clara a direção do rio. A pintora lhe dissse:
" - A foto só mostra a realidade. Uma pintura a óleo mostra o sonho por trás da realidade."
" - Posso ser indiscreto?"
" - Talvez..."
" - Qual é o sonho que se esconde dentro da pintura?"
Ela sorriu meio sem jeito, mas respondeu:
" - O sonho de encontrar alguém que me mostre qual é a direção certa para seguir."
Ele olhou o quadro. Olhou para ela. Olhou novamente o quadro e, mirando seus olhos, disse:
" - E quem disse que precisa seguir sempre na mesma direção?"
Uma lágrima escorreu dos olhos dela. Ela tirou o quadro da parede e o colocou nas mãos de Victor, dizendo:
" - Leve o quadro, vai ser o mais bonito da nossa casa."
Imagem: "Rio das pedras", óleo sobre tela 0,80x1,00m de Virginia Susana Fantoni
De um ponto de vista a água parecia correr da base para o topo do quadro. De outro ângulo teve impressão que corria no sentido inverso.
Começou a se movimentar em torno do quadro. Dava alguns passos. Parava. Mais alguns passos. Parava de novo.
De repente notou que uma mulher o observava. Ficou sem jeito e já ia entrar para ver o resto da exposição quando ela o interrogou:
" - Pelo jeito você gostou da pintura..."
" - Sim, sim, muito. É um quadro muito bonito. E enigmático.
" - Enigmático? Acho que nunca ouvi essa expressão a respeito dos meus quadros."
" - Ah! Você é a pintora? Posso te fazer uma pergunta?"
" - Claro, se eu souber responder..."
" - A direção do rio... ele está subindo ou descendo?"
" - Que impressão que teve?"
" - Não sei. Em alguns ângulos subindo, em muitos outros descendo."
" - O que você prefere?"
" - Não sei, só fiquei confuso."
" - Deixa eu te mostrar a foto do lugar original."
Victor olhou a fotografia. Nela ficava clara a direção do rio. A pintora lhe dissse:
" - A foto só mostra a realidade. Uma pintura a óleo mostra o sonho por trás da realidade."
" - Posso ser indiscreto?"
" - Talvez..."
" - Qual é o sonho que se esconde dentro da pintura?"
Ela sorriu meio sem jeito, mas respondeu:
" - O sonho de encontrar alguém que me mostre qual é a direção certa para seguir."
Ele olhou o quadro. Olhou para ela. Olhou novamente o quadro e, mirando seus olhos, disse:
" - E quem disse que precisa seguir sempre na mesma direção?"
Uma lágrima escorreu dos olhos dela. Ela tirou o quadro da parede e o colocou nas mãos de Victor, dizendo:
" - Leve o quadro, vai ser o mais bonito da nossa casa."
Imagem: "Rio das pedras", óleo sobre tela 0,80x1,00m de Virginia Susana Fantoni
Comentários
Acho que não gostaram do texto...ninguém mais falou nada...
Melhor uma cena com um quadro assim que aqueles da "Guerra dos Roses"...
Hihihi!
Bjs!