Um dia crítico
Gianluca tinha acabado de sofrer um grande revés. Depois de anos trabalhando fielmente para a mesma empresa fora demitido sumariamente por mascar chiclete na porta do banheiro feminino.
Sua nova chefe era uma feminista radical e entendeu que aquela atitude configurava assédio sexual à estagiária que saia do banheiro no exato momento em que ele estourava a bola da goma de mascar.
Além do desemprego ele teria de enfrentar a penúria. Demitido por justa causa não iria receber um centavo de direitos trabalhistas.
À medida que caminhava para casa pensava em como explicar a situação para a mulher. Ana era amorosa e compreensiva, mas será que seu argumentos a convenceriam que não estava abordando outra mulher? Como explicaria a demissão?
Resolveu preparar o espírito de Ana. Enviou um torpedo dizendo que tinha más notícias. Ela respondeu cheia de interrogações. Disse que tinha sido demitido. Em segundos seu celular tocou.
Contou parte da história, omitindo a cena do chiclete. Queixou-se da injustiça da qual tinha sido vítima. Ana ouviu tudo com carinho e atenção. Disse que para tudo dava-se um jeito.
Um pouco mais animado, Gianluca disse que ia andar no parque para refrescar a cabeça e que mandaria mensagens dizendo como estava, assim não interromperia o trabalho da esposa com ligações.
A caminhada não fez bem para ele e, a cada mensagem transmitia mais a sua angústia e desespero. Ana respondia com palavras de estímulo, mas ele só piorava.
Em sua última mensagem ele dizia que tinha vontade de morrer. Segundo depois recebeu um torpedo de Ana que dizia: “Forca amor”.
Foi o primeiro homem no mundo a suicidar-se pela falta de uma cedilha.
Sua nova chefe era uma feminista radical e entendeu que aquela atitude configurava assédio sexual à estagiária que saia do banheiro no exato momento em que ele estourava a bola da goma de mascar.
Além do desemprego ele teria de enfrentar a penúria. Demitido por justa causa não iria receber um centavo de direitos trabalhistas.
À medida que caminhava para casa pensava em como explicar a situação para a mulher. Ana era amorosa e compreensiva, mas será que seu argumentos a convenceriam que não estava abordando outra mulher? Como explicaria a demissão?
Resolveu preparar o espírito de Ana. Enviou um torpedo dizendo que tinha más notícias. Ela respondeu cheia de interrogações. Disse que tinha sido demitido. Em segundos seu celular tocou.
Contou parte da história, omitindo a cena do chiclete. Queixou-se da injustiça da qual tinha sido vítima. Ana ouviu tudo com carinho e atenção. Disse que para tudo dava-se um jeito.
Um pouco mais animado, Gianluca disse que ia andar no parque para refrescar a cabeça e que mandaria mensagens dizendo como estava, assim não interromperia o trabalho da esposa com ligações.
A caminhada não fez bem para ele e, a cada mensagem transmitia mais a sua angústia e desespero. Ana respondia com palavras de estímulo, mas ele só piorava.
Em sua última mensagem ele dizia que tinha vontade de morrer. Segundo depois recebeu um torpedo de Ana que dizia: “Forca amor”.
Foi o primeiro homem no mundo a suicidar-se pela falta de uma cedilha.
Comentários
Amamos esta sua estòria, Fabio!
O unico problema é que eu tive que traduzi-la inteira ao Gianluca, para que ele nao perdesse as nuances dela.
A verdade é que, com ou sem cedilha, estamos todos +-enforcados, seja por um motivo seja por outro, sem levarmos a coisa ao pé da letra.rss rss
Pobre do SEU Gianluca!
Pobre da Ana, tb.
Bjs!
Beijos de segunda feira
Linda a história. Mas será que ela não estava pensando o que lhe a aguardaria com o desemprego do chicleteiro?
Beijos