Uma história de Natal
Tudo na vida de Lúdico era uma festa, fosse o simples sorriso de alguém no meio da rua, fosse a comemoração mais estapafúrdia que pudesse participar.
Não perdia um evento, encontro de ex-colegas, almoços de família e, até, o baile da 3a idade do parque, ainda que ele ainda estivesse longe de alcançá-la.
Para ele o Natal era o ápice de um ano festivo e a linha divisória que marcava o início de mais um ano de comemorações.
Amava todos os símbolos e hábitos natalinos. Ia ver a iluminação da Paulista, do Ibirapuera e da Rua Normandia. Comprava presentes para todos que imaginava que encontraria na ceia. Não poucas vezes entrou na fila e sentou no colo do papai noel de algum shopping, para deleite e risadas das crianças.
Comia, bebia e cantava Jingle Bells em várias línguas até o sol raiar.
No extremo oposto de toda essa alegria estava Lídimo. Um sujeito sério e carrancudo que achava intolerável todos os desvios do que ele chamava de compostura. Jamais sorriria para um estranho no meio da rua, aliás, jamais sorria.
O Natal de Lídimo era espartano. Rejeitava árvores pelas suas origens pagãs, abominava papai noel e discursava de maneira inflamada em defesa do verdadeiro sentido do Natal.
Sua comemoração se resumia ao culto formalíssimo de sua igreja, aos votos de feliz Natal ao pastor e demais pessoas que estivessem presentes no culto. Depois ia para casa e só não dormia imediatamente pois o barulho dos fogos lhe davam insônia.
Num certo Natal, por um contratempo, Lúdico se viu sozinho. Os familiares não fizeram a festa tradicional pois um deles estava hospitalizado em estado grave e cancelaram o jantar poucas horas antes do seu início.
Sem saber o que fazer, ele saiu passeando a pé pelas ruas da cidade.
No mesmo certo Natal, por outro contratempo, Lídimo se viu sozinho. Atendendo o pedido de vários membros que queriam viajar, a comemoração de Natal da igreja fora antecipada em 3 semanas (um absurdo, segundo Lídimo) e não houve culto no dia 24.
Sem saber o que fazer, ele saiu passeando a pé pelas ruas da cidade.
Lúdico viu aquele homem sozinho sentado no banco da praça e resolveu sentar-se ao lado dele. Como de hábito, ofereceu um sorriso. O homem era Lídimo, que não sorriu mas, apesar de carrancudo, era um sujeito educado e saudou Lúdico com um boa noite.
Lúdico puxou papo sobre as festas. Lídimo soltou o seu discurso. Lúdico ouviu-o atentamente, até o fim.
Depois começou a falar sobre a alegria de viver, sobre o sorriso das crianças, sobre o prazer de estar com as pessoas.
Lídimo se emocionou. Tantos Natais solitários e, no mais solitário de todos, alguém lhe falava de alegria.
Repensou seu discurso, e passou a falar de Jesus para Lúdico. Falou de sacrifício, de salvação, de vida eterna.
Enquanto falava, o Espírito tocou o coração de Lúdico.
Lídimo descobriu que era possível crer na alegria.
Lúdico descobriu que era possível se alegrar na fé.
Juntos foram até a loja de conveniência do posto de gasolina da praça e cearam juntos comendo pão de queijo e tomando um refrigerante.
Nunca mais tiveram um Natal sem Cristo ou sem alegria.
Comentários
Que a alegria do Natal nos abençoe e traga para dentro dos nossos corações a esperança e a coragem de aprender com o outro!
Feliz Natal e Ano Novo.
Abraços
Ana Maria Barbosa
Abração
Marcos
Lindo mesmo !!!!
Um lindo Natal. Que saibam conviver em nossos corações.
Beijos.
Arimar
abraço
Obrigada por crer e alegrar a tantos...
Abraços
Acy Cordeiro
Um natal de paz pra vocês, grande abraço!!!
Elis
Muito legal a mensagem. Aproveito e desejo a vc, sua família e seus queridos um Natal feliz como o de Lídimo e Lúdico, e que 2012 seja de muita paz, saúde e prosperidade, e que também consigamos fazer grandes, exitosos e felizes negócios juntos.
Abração