Trilha aromática
Todo mundo costuma ter uma trilha sonora. A música do primeiro beijo, dos momentos mais marcantes de amor, do casamento. Menos André.
André tinha uma trilha aromática. Nunca esqueceu o cheiro de suco de laranja com beterraba dos tempos de bebê. Nem do primeiro pão de queijo na cantina da escola.
As lembranças de sua mãe rescendiam a alho e azeite, onipresentes na sua culinária.
Do seu pai o forte cheiro de café que ele fazia todos os dias de manhã.
Todos os grandes eventos da sua vida estavam associados ao perfume de algum alimento.
Para o bem e para o mal. Trazia vivo na memória o cheiro do palmito que sua mãe cozinhava quando o pai lhe deu a primeira surra. Nunca mais conseguiu comer um pedaço sequer.
Conheceu Marina numa festa de aniversário, apaixonou-se à primeira vista devorando um brigadeiro, para ele, o verdadeiro cheiro da paixão.
O primeiro beijo, no sofá da sala da menina, ficou para sempre com a lembrança do molho de tomate que a futura sogra cozinhava. Sua boca salivava apenas à menção de uma macarronada ao sugo.
Mas o aroma que ele jamais esqueceu foi da lua-de-mel. Pediram jantar no quarto, chateaubriand ao molho de mostarda.
André nunca precisou de vasodilatadores, se algo não funcionava bem , bastava ir até a cozinha e aspirar um pouco o vidro de mostarda.
André tinha uma trilha aromática. Nunca esqueceu o cheiro de suco de laranja com beterraba dos tempos de bebê. Nem do primeiro pão de queijo na cantina da escola.
As lembranças de sua mãe rescendiam a alho e azeite, onipresentes na sua culinária.
Do seu pai o forte cheiro de café que ele fazia todos os dias de manhã.
Todos os grandes eventos da sua vida estavam associados ao perfume de algum alimento.
Para o bem e para o mal. Trazia vivo na memória o cheiro do palmito que sua mãe cozinhava quando o pai lhe deu a primeira surra. Nunca mais conseguiu comer um pedaço sequer.
Conheceu Marina numa festa de aniversário, apaixonou-se à primeira vista devorando um brigadeiro, para ele, o verdadeiro cheiro da paixão.
O primeiro beijo, no sofá da sala da menina, ficou para sempre com a lembrança do molho de tomate que a futura sogra cozinhava. Sua boca salivava apenas à menção de uma macarronada ao sugo.
Mas o aroma que ele jamais esqueceu foi da lua-de-mel. Pediram jantar no quarto, chateaubriand ao molho de mostarda.
André nunca precisou de vasodilatadores, se algo não funcionava bem , bastava ir até a cozinha e aspirar um pouco o vidro de mostarda.
Comentários
Jô
Bom dia!!
Bjs!