Não é o fim

Segundos linguistas da Nicky Hopkins University de Eufala no Alabama, as línguas maias são descendentes semi-genéticos de uma protolíngua chamada protomaia, ou em maia quiché, Proto Nab'ee Maya' Tzij. O que sempre foi uma questão protuberante para os protozoários.

Crê-se que a língua protomaia teria sido falada nas terras submersas de Biotopo Chocon Machacas numa área que corresponde aproximadamente àquela onde hoje em dia se fala pessimamente o inglês da CNN.

A primeira divisão zigótica da língua ocorreu por volta de 2200 a.C. quando o huastecano se separou da língua maia original, após os seus falantes terem se desentendido a respeito da palavra correta para designar as lhamas e se deslocarem para noroeste ao longo da costa do golfo do México.

A seguir foram os falantes de proto-iucatecano e proto-cholano que se separaram do grupo principal, novamente por questões nominalistas que debatiam se uma rosa continuaria sendo uma rosa se tivesse outro nome e também se deslocaram para norte até à península de Iucatã.

Tantas foram as divisões e migrações para o norte que até hoje existem tribos de Nunavut, no norte do Canadá, que usam uma corruptela da língua maia à qual dão o nome de eskimoenglish.

Os falantes do ramo ocidental deslocaram-se para sul, para as regiões atualmente habitadas pelos povos mam - precursores de toda a arte moderna - e quiché  - criadores da famosa torta de queijo que se tornou popular na região de Loraine e nos restaurantes contemporâneos.

Mais tarde, falantes do proto-tseltalano separaram-se litigiosamente do grupo cholano e deslocaram-se para sul até ás terras altas de Chiapas, onde entraram em contato com falantes das línguas mixe-zoqueanas. Nesse ponto, a zorra se tornou quase total, a ponto de gerar revoluções sangrentas na região.

Durante o período arcaico (não confudir com o período arcádico, que também é arcaico) parecem ter entrado na língua protomaia várias palavras com origem em línguas mixe-zoqueanas.

Esta constatação conduziu à hipótese de entre os primeiros maias predominarem os falantes de línguas mixe-zoqueanas, possivelmente da cultura olmeca. Por outro lado, nos casos da língua xinca e da língua lenca, as línguas maias são mais fornecedoras que receptoras de empréstimos linguísticos cobrando juros superiores aos do cheque especial no Brasil.

Isso explica essa confusão toda criada por proto-apocalípticos que decretaram para hoje o fim do mundo.

Achando que estavam traduzindo o termo "estu modu" diretamente do mixe-zoqueano esqueceram que a famosa pedra foi criada no período proto-cholano, quando signifcava o final de uma trilha estreita ou, em bom português, uma picada.

A picada, que conduzia do centro da tribo até a praia indicava que, ao final dela, além mar, estava o resto do mundo. Simbolicamente, os mixe-zoqueanos atribuiram a expressão "fim-da-picada" a todo resto do universo que estava adiante.

Se você não acredita, basta reparar que já passa da meia noite e o mundo não acabou.

O que não deixa de ser uma ótima oportunidade para começar a estudar receitas de quiché.

Comentários

Taty disse…
Na próxima viagem ao Peru ou a México não posso esquecer meu dicionário proto-maia. Feliz 2013 sem fim de mundo.
Quase como mexirica e ponkã num dialeto indigenaafricanoitalianomineiro. Também traduzido por tangerina em alguns lugares.

Fiquei aqui esperando uma explosão ácida e tudo que consegui foi uma laranja baiana, sabe aquela que tem umbigo? Então, línguas estranhas nunca foram o meu forte , pensando bem, acho que nem as fá
ceis...

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