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Algoritmos osmados e assunados

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Depois de muitas voltinhas no grande Hadron, que parou de se debater para seu descanso habitual de festas natalinas e neoanualinas, meus amigos cérnicos confirmaram a validade e precisão do algoritmo que desenvolvi nas últimas décadas e, cuja eficiência, já havia dado sinais inequívocos de pertinência nas redes sociais. Não sem, como sói acontecer, alguns ressaibos dos oponentes vorazes de minhas elucubrações. Outrossim, e sem outros nãos, nem mesmo nosso petiz alcaide dignar-se-ia a entrar nesse tipo de disputa. Mas deixemos de patacoadas e vamos aos números finais. O principal resultado é que, caso 58,7% da população tivesse como práxis, 18,34% do que fala ou escreve, o mundo seria 4,16p melhor do que é hoje. No caso das redes sociais os valores chegam a ser mais assustadores, conseguiríamos uma evolução nos padrões mundiais de ética e reduções de carraspanas, além dos suso mencionados, de 67,34p para cada: 2% de frases de autoajuda que realmente ajudassem em algo 5% de redução ...

Quem não conhece, inventa.

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Como diria o mais que conhecido provérbio português: “o papel aceita tudo”. Já os meios digitais aceitam tudo e mais um pouco (já diria Umberto Eco, mas há quem se ofenda com essa opinião). O que pode provocar dores no pâncreas e desconfortos no astrágalo esquerdo. Em mim provocaram. O jornalista que resenhou o show de Sting para um dos grandes veículos de mídia nacional deve ter nascido quando o Police nem existia mais. É verdade que, como jornalista, não precisava ter a mesma idade do cantor e do seu público, bastava ser um pouco mais sério e se informar antes de escrever. Ele começa dizendo que o comportamento do público foi morno e comportado nas cadeiras. Na minha frente estava sentada uma senhora de uns 70 anos (super pop, de calças jeans rasgadas), ele queria o que? Que ela desse gritinhos e escândalos como a garotada que foi ver o Justin Bieber? O pessoal que estava na pista dançou bastante. Que estava nas cadeiras e dançou se preocupou em fazê-lo nas e...

Carregado pelo zonda

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Zonda é o nome que se dá a um vento argentino do lado oriental da cordilheira do Andes que, diz a lenda, ocorre quando alguém desobedece a Pachamama, a mãe natureza da mitologia inca. Também é o nome original do filme de 2015 de Carlos Saura que está em carta na Reserva Cultural com o nome de “Argentina”. Desde a sua trilogia flamenca, Saura se dedica, de tempos em tempos a retornar à música. Fados é um belíssimo filme sobre a alma portuguesa. Tango, explora a fundo a essência portenha. De volta à Argentina faz um mapa extenso e detalhado dos ritmos folclóricos dos hermanos . E é um filme fabuloso, ou melhor, é mais um filme fabuloso de Saura. Praticamente nenhuma fala. Música do começo ao fim de sua quase hora e meia de duração. Tomas Lipan, Luis Salinas, Pedro Aznar, Jaime Torres, Chaqueño Palavecino, Mariana Carrizo, são apenas alguns dos muitos intérpretes. Além de homenagens emocionantes a Mercedes Sosa e a Atahualpa Yupanqui. O filme ganhou prêmi...