O samba do taitiano doido
Corria o ano de 1968 (aquele que dizem que não acabou) e o genial Lalau* colocava nas paradas de sucesso o “ Samba do Crioulo Doido ” , uma paródia para ironizar a obrigatoriedade imposta às escolas de samba de retratarem nos seus sambas de enredo somente fatos históricos. Eu soube que depois de tomarem 24 gols em uma semana e, mesmo assim, comemorarem e distribuírem loas aos brasileiros, os jogadores do Taiti (o Taití é aqui?) um tanto zonzos dos gols e do noticiário nacional, sairam cantando coisas do tipo: Um tal de ato médico Agora obriga a cura gay Por médicos cubanos Que pedem ao paciente Que repicta** 37 Ou desconte 20 centavos A nossa salada coitada Ficou mal temperada Vinagre foi proibido E a pimenta exagerada De sobremesa éclair Pois a bomba era imoral. Nas histórias em quadrinhos O herói é mascarado O batman dessas plagas Não é nem nascituro E já está condenado Olerê, olará, squidum... Esse samba não rima E muito menos solução Olerê, olará, squid...