Eu e o meu geriatra
Existem indicativos claros a respeito no nosso envelhecimento. Desde os aspectos físicos até os psico-metabólicos. Alguns sofrem de artrite, alguns insanos são vítimas de disfunção retrátil.
Eu comecei a notar o meu envelhecimento há alguns meses quando visitei o site da Polícia Federal, buscando informações sobre a renovação do meu passaporte. Descobri que maiores de 45 anos não precisam mais apresentar comprovante de serviço militar. Nem para dar uns tiricos de espigarda eu sirvo mais, quanto mais fazer uma carga de baioneta.
Essa notícia veio quase junto à minha entrada nada triunfante no reino dos oculizados, já escrevi aqui sobre isso.
Recentemente recebi o golpe de misericórdia.
Como tenho procurado resolver todas as minhas questões de serviços perto de casa (e evitar o trânsito caótico de São Paulo), perguntei à minha dermatologista (que atende num prédio em frente à minha casa) se ela tinha algum clínico geral para me indicar nas redondezas. Ela quase respondeu, mas notei que deu uma parada para pensar antes de continuar. Até que me fez a pergunta fatal :
"Você se incomodaria com o fato de que o clínico geral também é geriatra ?"
Pensei. Entre ir para o Itaim e ter de enfrentar a Faria Lima ou a 9 de Julho e ir num geriatra a um quarteirão e meio de casa, eu prefiro o geriatra.
O Dr Roberto, apesar dos cabelos brancos, aparenta ser mais jovem que eu (acho que é a primeira vez que tenho um médico mais novo que eu). Na minha primeira consulta senti um certo ar de curiosidade, tanto dele quanto da secretaria sobre o que eu estaria fazendo lá.
É verdade que existem algumas compensações, eu me sinto um bebê na sala de espera e que meus companheiros de leitura de revistas velhas sempre acham que eu estou lá esperando alguém sair da consulta ou esperando o médico para conversar sobre a saúde do meu avô.
No final, os grandes beneficiários dessa minha escolha médica serão os meus filhos. Eles nunca terão de passar pelo constrangimento de me dizer que está na hora de eu começar a ir num geriatra...
Eu comecei a notar o meu envelhecimento há alguns meses quando visitei o site da Polícia Federal, buscando informações sobre a renovação do meu passaporte. Descobri que maiores de 45 anos não precisam mais apresentar comprovante de serviço militar. Nem para dar uns tiricos de espigarda eu sirvo mais, quanto mais fazer uma carga de baioneta.
Essa notícia veio quase junto à minha entrada nada triunfante no reino dos oculizados, já escrevi aqui sobre isso.
Recentemente recebi o golpe de misericórdia.
Como tenho procurado resolver todas as minhas questões de serviços perto de casa (e evitar o trânsito caótico de São Paulo), perguntei à minha dermatologista (que atende num prédio em frente à minha casa) se ela tinha algum clínico geral para me indicar nas redondezas. Ela quase respondeu, mas notei que deu uma parada para pensar antes de continuar. Até que me fez a pergunta fatal :
"Você se incomodaria com o fato de que o clínico geral também é geriatra ?"
Pensei. Entre ir para o Itaim e ter de enfrentar a Faria Lima ou a 9 de Julho e ir num geriatra a um quarteirão e meio de casa, eu prefiro o geriatra.
O Dr Roberto, apesar dos cabelos brancos, aparenta ser mais jovem que eu (acho que é a primeira vez que tenho um médico mais novo que eu). Na minha primeira consulta senti um certo ar de curiosidade, tanto dele quanto da secretaria sobre o que eu estaria fazendo lá.
É verdade que existem algumas compensações, eu me sinto um bebê na sala de espera e que meus companheiros de leitura de revistas velhas sempre acham que eu estou lá esperando alguém sair da consulta ou esperando o médico para conversar sobre a saúde do meu avô.
No final, os grandes beneficiários dessa minha escolha médica serão os meus filhos. Eles nunca terão de passar pelo constrangimento de me dizer que está na hora de eu começar a ir num geriatra...
Comentários
Isso prova que pretensão e água benta não fazem mal a ninguém
hahhah... tá se achando...
Ainda não fui ao geriatra. Mas estou indo ao Ortomolecular, que está me deixando "encafifada", pelas perguntas que me faz:-" A senhora se sente cansada?Tem tido problemas de memória?"E assim vai.
Oras bolas, se tive problemas de memória não me lembro, lógico.Não considero joviais tais perguntas.Mas enfim vou tomando as tais vitaminas (???) rs rs rs. Beijos.
Experiencia bizarra, esta de sentir-se "baby" em sala de espera de geriatra...
Mas a verdade é que os outros especialistas começam a nos tratar de um modo, digamos assim, diferente, basta que ultrapassemos certos patamares de idade.
E o que é legal nos geriatras,é que eles tratam a gente "na boa", ja que, ali, ocorre estarmos sempre no patamar de idade correto !
Hihihi...!
Bjs!
Beijão.
Vc é mesmo um cara divertido,
Fábio.
MAs antes um geriatra mais novo do que um proctologista grande...
Abração.