A serra é apetitosa
O mundo gourmet serranegrense (ou será serranegrino ? serranegrente ??) não se resume a churrascos e comidas caipiras. Muito menos pode ser definido pela infinidade de restaurante por kilo existente ao lado da avenida do comércio onde, aos domingos e feriados pululam seres ávidos de usar seus cartões de crédito nas lojas de malhas e couros. É quase uma 25 de Março com água mineral radioativa.
Pela indicação do meu bom e velho guia, cujo nome omitirei aqui já que o Lou Mello achou que eu estava fazendo propaganda gratuita do mesmo, fomos a um restaurante português comer bacalhau. Aliás um Senhor Bacalhau ! Dessalgado, assado com muito alho em fatias, rodeado de batatas e brócolis. Só para deixar vocês com água na boca, tirei uma foto do bichinho antes. Depois só sobraram alguns poucos espinhos.
Nos dias seguintes nos aventuramos no que chamam por lá de "Turismo Rural", ou seja, visitar umas fazendas que são abertas ao público numa mistura de visita didática e venda de produtos locais.Pela indicação do meu bom e velho guia, cujo nome omitirei aqui já que o Lou Mello achou que eu estava fazendo propaganda gratuita do mesmo, fomos a um restaurante português comer bacalhau. Aliás um Senhor Bacalhau ! Dessalgado, assado com muito alho em fatias, rodeado de batatas e brócolis. Só para deixar vocês com água na boca, tirei uma foto do bichinho antes. Depois só sobraram alguns poucos espinhos.
A primeira foi o Sítio Chapadão, produtor de café e de queijos. Depois de passarmos pela ordenha, naquele dia manual pois estavam sem energia elétrica, e pelo processo de lavagem, secagem e ensacamento de café, fomos apresentados aos 25 tipos de queijos feitos a partir do leite de gado Holandês e Jersey. Tudo muito caseiro. O dono do sítio estava arrastando o café para secagem e a sua mulher comanda a produção dos queijos.
Depois do Chapadão fomos ao Vale do Ouro Verde. Que tem uma pousada, um pesqueiro, uma imensa plantação de café e o melhor empório de produtos. Tem também uma salinha que eles denominam museu do café, que não chega a emocionar. Ao contrário do Chapadão não tinha nenhum guia para apresentar a fazenda. Uma pena. Por outro lado o café realmente era dos melhores e acabei fazendo um pequeno estoque.
As fazendas também costumam produzir suas cachaças. Não experimentei nenhuma, nunca gostei da bebida, então não vou falar a respeito.
O toque final foi de frutas. No sábado fomos a megalópole de Monte Alegre do Sul (a 10 km de Serra Negra), onde residem cerca de 5 mil almas, sendo apenas um terço na zona urbana. É a principal produtora de fragarias octoplóides e onde ocorria a 15a Festa do Morango.
A festa em si me lembrou muito aqueles filmes americanos dos anos 50 que se passam em feiras agropecuárias (só o State Fair foi filmado 3 vezes). Barracas de tudo que se possa imaginar feito de morango, shows de músicos regionais e bandinhas e, claro, uma parque de diversões. As crianças adoraram. Letícia comeu um biscoito de chocolate recheado de morango e chantilly e o Samuel, na sua postura tradicionalmente saudável, bebeu um balde de suco de morango. Eu preferi a fruta in natura mesmo (imensas e muito doces)
Graças à ginástica diária de alpinismo no hotel (vide o texto abaixo), não engordamos alguns quilos nesses 5 dias, mas voltamos com boas lembranças na memória gustativa.
O porta malas do carro ainda guarda um misto de perfumes de queijos, café e morangos frescos.
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