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A ditadura das séries

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  Na minha adolescência e início de juventude a novela das 10 da rede Globo era considerada cult (em oposição às dos demais horários que eram consideradas bregas), especialmente porque eram aqueles que “transgrediam” nos temas políticos e de comportamento sexual, bastante reprimidos nos anos 70 e começo dos anos 80. A maior parte delas foi escrita por Dias Gomes, mas também incluía outros nomes importantes como Jorge Andrade. Eu não assistia nenhuma delas. Por dois motivos básicos, o primeiro é que sempre abominei novelas, o segundo é que estudando de manhã, com aulas começando às 7h30 não dava para ficar acordado até tarde ou acabaria dormindo na sala de aula. O que me fazia um peixe fora d´água em muitas conversas. Mais de quarenta anos se passaram e eu continuo nadando no seco por não acompanhar as novelas contemporâneas que ganharam o epíteto de séries (mas continuam sendo, formalmente, folhetins ao melhor estilo do século XIX). Inclusive as próprias novelas da Globo, depoi...

Em busca da irrealidade perdida

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  Humankind can´t bear very much reality T.S. Eliot – Four quartets   A humanidade não suporta muita realidade, constatava Eliot em 1936, o tempo passado e o ponto futuro, o que será e o que já foi apontam para o mesmo fim que é sempre o presente. Existir é ser algo temporário, o homem não passa de um estranhamento que ele faz de si mesmo projetando-se no passado, no presente e no futuro, as três êxtases como definiria Heidegger, as três maneiras de estar fora de si mesmo. O tempo presente é a versão trazida a valor presente do cavaleiros do apocalipse (a escatologia bíblica, favor não confundir com os cavaleiros do zodíaco): a peste, a guerra, a fome e, finalmente, a morte. Essa é a realidade que explode na capa dos jornais, nas TVs, nas redes sociais e nos grupos virtuais, todos os dias. O passado não passa de uma memória irreversível, pode ter sido bom ou ruim, mas ficou para trás. O que nos resta é o futuro e a eterna esperança de encontrar nele alguma esperanç...

Inquisições, gulags e cancelamentos

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  Ninguém na terra tem a coragem de ser aquele homem. Jorge Luís Borges – O deserto A primeira condição de uma dialógica cultural, nos ensina Edgar Morin no 4º volume de seu “O Método, é a pluralidade e diversidade dos pontos de vista. Ainda que não sejamos carentes nem de pluralidade e nem de diversidade e, consequentemente repletos de pontos de vista variados, nossa construção social nos imprime um selo na testa (e na alma) que nunca nos permitiu que esse diálogo de fato se efetivasse. Mudam as condições históricas, comportamentais, ambientais e sociais. Muda a dinâmica do poder, mudam as leis, muda até o tão falado zeitgeist. Só não muda o fato de que continuamos a ser uma humanidade dividida entre perseguidos e perseguidores – até os neutros são considerados opressores pelos perseguidos e coniventes pelos perseguidores. Isso quando não somos surpreendidos pelos opressores alegando que são perseguidos, com um discurso vitimista pedindo proteção. Ainda que todas as inquisiçõe...

Walden, a vida como um projeto de tédio

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Depois de um tempo de interrupção, hoje acabei de ler Walden, considerado o texto clássico de David Henry Thoreau. O enredo do livro é muito simples. O autor retira-se em 1845 para a floresta da Nova Inglaterra, próxima à cidade de Concord, onde constrói com as próprias mãos, sua casa e seus móveis, passando a viver com o mínimo necessário e em intenso contato com a natureza. Isola-se da sociedade, não por misantropia - ele recebe visitas e as retribui - mas com o propósito de obter uma maior compreensão da sociedade e de descobrir as verdadeiras necessidades essenciais da vida Sob o risco de ser execrado pelos fãs do autor, julgo ter sido um dos livros mais entediantes e chatos que li na minha vida. Thoreau, que é um excelente poeta e, na maioria dos seus textos, um bom ensaísta, se tornou um mito pelas suas posições anarquistas e pacifistas e, especialmente, pelo fato de ter sido preso ao se recusar a pagar impostos a um governo...

Pandemia eterna

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Não é de hoje que está em curso um vírus que tem afetado muitas pessoas. Diferentemente de outras cepas, essa não prejudica quem está infectado, mas quem convive com as pessoas que o contraíram. Desconheço sua origem, mas, certamente, não surgiu a partir de animais silvestres, nem foi criado em laboratório de genética. Diga-se de passagem, ele não afeta nenhum animal, exceto o homo , dito sapiens . Denominado vocêtemque ele faz com que seu portadores, continuamente, fiquem impondo suas ideias e soluções para outras pessoas. É uma profunda disseminação de vocêtemque isso, vocêtemque que aquilo, vocêtemque aquilo outro. Apesar de ser um vírus que se manifesta mais nas relações pessoais, ele não é incomum nas relações de trabalho, uma vez que quem carrega o vírus não sabe muito bem distinguir uma situação da outra. Os afetados pelo vírus, geralmente, não praticam aquilo que preconizam, uma vez que um dos efeitos colaterais da contaminação é o de criar uma camada de...

A imprecisão da assertividade

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Quantas vezes você ouviu ou leu a palavra assertividade (ou assertivo) nas últimas 24 horas? Caso tenha sido menos de uma dúzia de vezes, imagino que você seja uma pessoa reclusa que prefere ficar com seus livros e seu gato a ler jornais, revistas e navegar nas redes sociais. Até porque o uso da palavra se disseminou em todas as direções possíveis e o vocábulo virou sinônimo de todas as palavras da língua que tenham alguma relação com esforço, motivação, precisão e, pasme, correção e acerto (alguns chegam ao cúmulo de grafá-la como “acertividade”). Eu tenho problemas com buzzwords, ou como dizem os millenials, as modinhas. Quando um termo (sigla, palavra, expressão) começa a ser repetido à náusea, eu fujo dele. Vade retro, como diriam os exorcistas da idade média. Ao mesmo tempo, sou um curioso e gosto de aprender. Então fui atrás das definições corretas da palavra. Consultei as melhores fontes que conheço em 4 línguas (veja abaixo) e concluí que: Assertividade tem a ver com respon...

Tempos medonhos

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Há tanta gente sozinha Que a gente mal adivinha (Vinicius de Moraes) Há pouco mais de um mês uma amiga me mandou uma mensagem: perguntava se eu tinha falado com alguém da turma nos últimos dias. Ao saber que não, me avisou que o Fulano tinha morrido dois dias antes. Depressão. Suicídio. Ninguém sabia disso, nem a esposa, ele sofreu calado até o momento em que desistiu de sofrer. Não tinha mais que 40 anos. Eu tinha convivido com ele por cerca de 20. Nos encontrávamos pelo menos duas vezes por semana. Era um cara bem humorado, batalhador. Como todos nós passou pelos seus perrengues, mas nada que apontasse nessa direção. Deixou a esposa e filhos. Hoje de manhã vejo num post de rede social a notícia de que Beltrana tinha morrido. Depressão. Suicídio. Todo mundo sabia que ela sofria da doença que nunca escondeu. Fazia tratamento para suportar, mas deve ter batido mais forte essa noite e, de manhã, se foi. Tinha 37 anos. Trabalhou comigo por cerca de 10. Mantivemos...

Algoritmos osmados e assunados

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Depois de muitas voltinhas no grande Hadron, que parou de se debater para seu descanso habitual de festas natalinas e neoanualinas, meus amigos cérnicos confirmaram a validade e precisão do algoritmo que desenvolvi nas últimas décadas e, cuja eficiência, já havia dado sinais inequívocos de pertinência nas redes sociais. Não sem, como sói acontecer, alguns ressaibos dos oponentes vorazes de minhas elucubrações. Outrossim, e sem outros nãos, nem mesmo nosso petiz alcaide dignar-se-ia a entrar nesse tipo de disputa. Mas deixemos de patacoadas e vamos aos números finais. O principal resultado é que, caso 58,7% da população tivesse como práxis, 18,34% do que fala ou escreve, o mundo seria 4,16p melhor do que é hoje. No caso das redes sociais os valores chegam a ser mais assustadores, conseguiríamos uma evolução nos padrões mundiais de ética e reduções de carraspanas, além dos suso mencionados, de 67,34p para cada: 2% de frases de autoajuda que realmente ajudassem em algo 5% de redução ...

As moscas estão vencendo

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Quem sabe um mínimo de história (infelizmente são poucos), sabe que a política sempre viveu de jogos de interesses, manobras legais ou não, golpes baixos e alianças espúrias. Sem contar o uso de venenos, traições e manipulação de grupos de suporte. Assim como sempre foi financiada por grupos que lucram com as suas práticas e sustentada por massas de ingênuos e idealistas que acreditam que líderes políticos podem transformar o mundo. Não é à toa que Monteiro Lobato já definia a política como uma gamela cheia de estrume onde se nutrem grupos de moscas. Alternam-se as moscas, mas o estrume continua sempre o mesmo. Eu sou daqueles que entendem que, sem mudar o conteúdo da gamela pouco importa a cor das moscas que a sobrevoam. Justamente por isso que sou contra as moscas domésticas, varejeiras, de fruta, de estábulo, do vinagre, típulas, crisopas, de enxame, amarelas e, até mesmo, contra as moscas brancas. Em momento em que as pessoas se sentem obrigadas a se incorpor...

O discurso canalha

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“O brasileiro, quando não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte.” Nelson Rodrigues Desde os primórdios o homem se recusou a assumir os próprios erros. Adão disse que foi a mulher, Eva disse que foi a serpente. A serpente não tendo a quem empurrar a culpa saiu rastejando, mesmo porque não podia nem apontar o dedo nem enfiar o rabo entre as pernas por questões anatômicas. Time que perde o jogo faz a mesma coisa. Diz que a culpa é do juiz. Da torcida. Dessas regras que inventaram e, se não sobrar para mais ninguém, a culpa é do vendedor de cachorro quente no estádio que gritou mais alto na hora do chute e distraiu o goleiro. Todos são perfeitos. Todos são maravilhosos. Todos são irrepreensíveis. Como admitir, diante dessa grandeza e maravilha, que o adversário foi melhor? Claro que deve ter acontecido alguma coisa estranha. E a coisa estranha só pode ter origens exógenas ao ser impecável. Roubo, fraude, má fé, estelionato e outras desonestidades quaisq...

Reflexões sobre a 5a feira 13

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É sintomático que depois de 4 rodadas de manifestações em São Paulo (e a eclosão de outras no Rio, Porto Alegre, Maceió, Manaus, Belo Horizonte, Brasília)) nenhum, ou melhor, para ser mais exato NENHUM vereador, deputado, senador de NENHUM partido tenha se posicionado sobre o tema. Nem o Suplicy que adora carregar faixas em manifestações para aparecer na capa dos jornais, nem o proto-partido da Marina que se autodenomina como nova forma de fazer política, nem a esquerda pseudo-radical do PSOL, nem a direita, nem o centro...todos de rabo preso com o status quo que está sendo questionado (se você acredita que a manifestação é por R$0,20 é melhor começar a se informar melhor). Com a opinião pública dividida e a mídia, depois de apanhar na rua, começando a tender para a defesa das manifestações, estão todos esperando para ver de que lado eles ganham (ou perdem menos) votos. Aqueles que se dizem representantes do povo não representam ninguém, não se colocam ao lado de ninguém, não se com...

Certezas e dúvidas

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Certezas Quem vive de memórias não coleciona novas lembranças. Algumas pessoas valem a pena, outras nem a penugem. Dinheiro não traz felicidade, nem o contrário. Carta marcada é coisa do Detran Muita gente confunde sinceridade com falta de tato Outras confundem falta de serviço com dedicação... Dúvidas Por que as pessoas admiram as borboletas mas continuam matando taturanas. Num corporação de canibais, o RH cuida da ingestão de pessoas?

Novos aforismos

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Mensagem Maus jogadores são sempre maus perdedores Não se surpreenda com as minhas ações, elas são apenas a execução das minhas convicções A liberdade de expressão é a liberdade de dizer a verdade (e com educação) Nada mais oximórico que um verdadeiro mentiroso Quem não tem cão caça sem precisar levar saquinho para recolher cocô. Mais dia menos dia e você acaba sem dia nenhum

A saga da cerzideira cacheada

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Luana entrou pelo meio da mata no que parecia ser uma trilha há muito não utilizada, poucos metros depois chegou ao fim da picada. Como não tinha levado seu fiel doberman para acompanhá-la, Luana viu-se num mato sem cachorro. Olhou para o céu buscando orientar-se pelas estrelas, mas tudo que conseguiu foi encandilar-se com o brilho do sol nos seus olhos cor de burro quando foge. A exploradora tinha um objetivo claro: a clareira de Santa Clara, onde sabia existirem fontes de cloro clarificado que lhe permitiriam exercer sua clarividência. Foi em frente entre jatobás e jacarandás, não poucas vezes seus longos cachos enredaram-se nas ramadas fazendo com que ela quebrasse vários galhos. Foi abandonando alguns pertences pelo caminho à medida que este piorava, só não poderia abrir mão do seu estojo de cerzir, ítem de sobrevivência quando chegasse ao seu destino. Horas se passaram até que chegasse sem claridade na clareira. Cansada e suja sentou-se em meio às raparigas em flor e no meio da la...

Um ano e tanto

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2010 não foi um ano qualquer. Grandes mudanças aconteceram. Anos de perdas e de ganhos, de montanha russa emocional e, certamente de muito aprendizado. Trabalhei bastante, mais do que gostaria e menos do que poderia. Quem sabe se algum dia eu ganhe na loteria e pare de trabalhar, é verdade que minhas probabilidades são muito reduzidas considerando o fato de que eu não jogo, acho que esse cálculo nem meu amigo Rogério que é estatístico conseguiria fazer. Trabalhei na igreja até meados do ano. Parei temporariamente. Pretendo voltar assim que me queiram de volta, não me entendo como um cristão se não estiver trabalhando. Agradeço meus alunos que continuam sentindo saudades das minhas aulas. Minha militância inclusiva se manteve. O ritmo foi um pouco menor mas continuei batendo pernas para falar a respeito de um mundo onde todos os seres humanos sejam considerados seres e humanos e onde a educação seja de fato um direito indisponível. Conheci pessoas novas nesse meio. Me encontrei com outr...

Para o levantamento de muitos

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“Eis que esse menino está destinado tanto para a ruína como para levantamento de muitos....e para ser alvo de contradição, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações” (Lucas 2 :34-35) Quando o menino Jesus foi apresentado no templo, ele encontrou o velho e piedoso Simeão que falou as palavras acima a seu respeito. Palavras doces para os que crêem, palavras duras para os que não entendem o seu sentido. A cada Natal eu me impressiono como essa contradição fica mais aparente. Como alguns entendem essas palavras e como tantos se distanciam do sentido da comemoração, a ponto de muitos dos cartões que eu recebo, analógica ou digitalmente, sequer mencionarem o Natal, limitando-se a desejar boas festas. Para essas pessoas, o final do ano vai ser só mais uma oportunidade de comer e beber, talvez ganhar presentes. Talvez só um momento de desejar que 2011 seja melhor. Nós também desejamos que 2011 seja melhor para vocês todos, que seja o ano em que aqueles que ainda não tiveram a o...

Novo golpe na praça

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Seus amigos não acreditaram quando ele disse que estava deixando sua casa. Não que achassem que ele fosse feliz com Raquel, mas sabiam que ela nadava em dinheiro, como que Ronaldo iria perder esse boquinha, pior, de forma voluntária? Quando casaram ninguém achou que ele estivesse aplicando o golpe do baú*, Ronaldo não era milionário mas também não era nenhum pé rapado. Raquel era proprietária de uma indústria muito bem sucedida. Quando abriu a financeira para vender seus produtos no crediário ficou mais rica. Quando um banco estrangeiro comprou a financeira e a indústria ela ganhou o suficiente para viver lautamente as próximas 31 encarnações. Claro que Ronaldo foi beneficiário da fortuna de Raquel. Conheceu o mundo, passou a frequentar os melhores restaurantes, só viajava de primeira classe ou de aviões particulares, tinha até um helicóptero para levá-lo onde quisesse, na hora que quisesse. Nada disso seduzia Ronaldo. Ele não aguentava mais viver cercado de seguranças armados, não tol...

Aforismos tergiversantes

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Quem pensa, com seus males se espanta Se você anda no mundo da lua, por favor, não pise nos selenitas Não ser invasivo é uma boa desculpa para ignorar as pessoas Alguns seres humanos não tem a capacidade de serem humanos. Discordar é o caminho mais rápido para te dizerem que você está errado A fusão do frio e do quente só gera relacionamentos mornos Quem ama o feio julga-se na vanguarda estética Senso comum não é fácil de achar mas, raríssimo mesmo são aqueles que tem senso incomum (obrigado Mario Fantoni, sujeito de senso incomum)

Sul para sempre

Meu olhos sempre estiveram voltados para o sul como se eu nunca tivesse um norte na vida. O sul que me deu amigos de rara inteligência e de grandes discussões filosóficas e intelectuais. O sul da Rejane, da Izabel, da Ana Mello. O sul do sempre brilhante Fabrício Carpinejar, que ontem fez aniversário. O sul que me deu o som de Victor Ramil com suas estrelas solitárias e suas milongas plangentes. O sul que mais ao sul me trouxe Borges e Cortázar. Amigos de todas as horas que moram nas minhas estantes e armários. O sul que me ensinou a gostar dos tangos de Lesica e de Piazzolla Meus olhos se voltam ao sul, imensa lua, céu ao revés. Volto ao sul, para dele nunca mais sair. Vuelvo al Sur, como se vuelve siempre al amor vuelvo a vos con mi deseo, con mi temor Llego al Sur como un destino del corazón soy del Sur como los aires del bandoneón Sueño el Sur, inmensa luna, cielo al revés busco el Sur el tiempo abierto, y su después. Quiero el Sur, su buena gente, su dignidad, siento el Sur, como ...

Anauê

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Antes de mais nada gostaria de esclarecer que não sou filiado a nenhum partido político, nem sou eleitor habitual de nenhum deles, pelo contrário, já há alguns anos só tenho votado em uma candidata para vereadora e que, no momento é candidata a deputada federal. Cada dia aumenta mais a minha convicção que a dita democracia representativa não me representa em nada. Não acompanho a campanha eleitoral desse ano, exceto pelo noticiário do jornal que leio. Não pretendo votar na Dilma, nem no Serra, muito menos na coleção dos micro candidatos. Nenhum deles, por motivos diferentes, me parece adequado ao cargo que disputam e eu sempre fui contra o voto útil. Também não acho que o governo atual seja grande coisa, é uma mistura de liberalismo econômico tucano, com demagogia assistencial peronista e aparelhamento partidário do estado. Não deixo de reconhecer algumas de suas realizações, especialmente numa área que me diz muito que é a educação inclusiva, definitivamente provocaram uma revolução p...