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Mostrando postagens de novembro, 2019

Tempos medonhos

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Há tanta gente sozinha Que a gente mal adivinha (Vinicius de Moraes) Há pouco mais de um mês uma amiga me mandou uma mensagem: perguntava se eu tinha falado com alguém da turma nos últimos dias. Ao saber que não, me avisou que o Fulano tinha morrido dois dias antes. Depressão. Suicídio. Ninguém sabia disso, nem a esposa, ele sofreu calado até o momento em que desistiu de sofrer. Não tinha mais que 40 anos. Eu tinha convivido com ele por cerca de 20. Nos encontrávamos pelo menos duas vezes por semana. Era um cara bem humorado, batalhador. Como todos nós passou pelos seus perrengues, mas nada que apontasse nessa direção. Deixou a esposa e filhos. Hoje de manhã vejo num post de rede social a notícia de que Beltrana tinha morrido. Depressão. Suicídio. Todo mundo sabia que ela sofria da doença que nunca escondeu. Fazia tratamento para suportar, mas deve ter batido mais forte essa noite e, de manhã, se foi. Tinha 37 anos. Trabalhou comigo por cerca de 10. Mantivemos