O espírito de Blaafarveværket
Ninguém sabe exatamente quando foi que Jorge o encontrou, as lendas dizem que em algum dia na década de 30 do século XVIII, enquanto olhava fixamente para um vidro colorido. Uma iluminação, dizem alguns, uma impostura, dizem outros.O que se sabe é que Jorge, depois de beber alguns copos a mais de bismute (uma variação estoniana do vermute) estava intoxicado pelo demônio das minas.
O germânico espírito maligno infiltrou-se na cozinha de Jorge e decompôs todo o seu faqueiro de prata. Não que ele desse tanto valor assim para os talheres, mas surpreendeu-se com a rapidez com a qual eles se desmancharam no ar.
Concluiu que sua descoberta era uma bomba de efeitos arrasadores e mesmo quando o espírito parecia se decompor, ele se mantinha metaestável.
Depois da morte de Jorge, coube a Jacques conduzir o relacionamento com o elemento perigoso. Sendo Jacques um sujeito multifacetado, assim via as possibilidades de desenvolvimento em todos os demais seres.
Mas só conseguiu converter o espírito em algo promissor em 1803 quando o levou para receber banhos de óleo e o cozinhou com fragmentos de alumínio. No primeiro momento o demônio das minhas não achou graça nenhuma, depois, ao ver que era admirado, rendeu-se à transformação.
Além disso, sua fama começou a se espalhar ultramarinamente e passou a ser convidado de honra em palácios e banquetes. Ele se sentiu no céu.
O que não significa que, de tempos em tempos, ele não apronte alguma, especialmente quando exposto a imagens multicoloridas, mas são apenas travessuras, resolvidas rapidamente lhe dando suco de bergamota.
Comentários
Beijos de quarta
E adoro ler estas suas estorias!
Hihihi.
Bom fim de semana.
Bjs!
Após a linda leitura, fiquei com medo do bafômetro.
Beijos