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Mostrando postagens de maio, 2009

Sob controle

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Pode parecer teoria da conspiração ou mesmo paranóia tecnológica, mas não é. Caso você não soubesse disso, a sua operadora de TV a cabo pode saber tudo o que você fala na frente da televisão. Explico melhor. Toda televisão é composta de tecnologias sensoriais, a saber, áudio (som) e video (imagem). Reflita sobre a questão do áudio. Quando o telefone foi inventado por volta de 1860 por Antonio Meucci* (que o chamou eletrofonecado), o cara descobriu que o aparelho (microfone e um alto falante), basicamente os dois (microfone e alto falante) funcionam à base de vibrações sonoras. O microfone usa uma membrana que detecta a voz e a transforma em sinal elétrico (ou mais modernamente em bits digitais), do outro lado, o alto falante recebe os sinais elétrico e os converte em voz. Por isso, basta inverter a polaridade de um deles que, automaticamente, se converte no outro. Se você tem dúvidas, experimente conectar a caixa de som do seu computador na saída de microfone. Vai funcionar como um mi

Ai de mim Amorim!

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Jugurta, a númida rafaméia reinava a partir do seu pritaneu sobre vassalos autóctones e metecos. Jamais a suserana enfrentara libelistas, nem sofrera topetadas. Era inconsútil seu amicto. Todas as tardes convocava seus sânios que, entre voletas e peônias, davam talagadas em sumos de dilênia. Mesmo assim vivia contrafeita por ser nulípara. Só de perraria chamou seu tropel atricaudato e começou a disparar alcólitos em direção ao reino de Arad. O metuendo considerou o fato uma tredice. Irocó e intimerato retrucou com óstracos iantinos. Enviou um mirão dasípode que lhe retornou um anexim sintagmático e aperitório. Isso fez com que Jugurta despencasse na ravina, cheia de crenaduras cinestésicas. Pelo gasguete fez uma tinhanha com Arad que resultou em mútua heterogamia. Rodolfo Augusto de Amorim Garcia (Ceará-Mirim, 25 de maio de 1873 — Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1949) foi historiador e intelectual brasileiro, dedicou-se ao ensino de história, geografia, francês e português e também

Poema derradeiro

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Vida não, resistência Vontade de escrever um poema único e último Que não acabasse jamais Sem tema Com paixão Sem compaixão do tema Nem esquema Que caminhasse meus passos Que fechasse os meus olhos Que não dissesse um engano Nem gritasse um adeus Cheio de metáforas absurdas Aliterações inesperadas Mais nada. E que não fosse escrito num papel Para ninguém lembrá-lo na hora final.

Nevermore

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Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary... (Edgar Allan Poe) Rosana parou arquejante em frente ao mar. Não se tratava de falta de fôlego, afinal viera caminhando calmamente até sentir a água tocar seus pés descalços, mesmo assim sentia como se o coração lhe fora sair pela boca. Sempre que precisava refletir fazia isso. Pegava seu carro e ia para a praia. Não importava a que hora do dia ou da noite. Era seu refúgio, uma terra mágica onde nunca se sentia perdida ou desconfortável. Dessa vez estava perdida. Não sofria nenhum desconforto, muito pelo contrário, estava encantada. Mas completamente perdida. Sempre sonhara em ter um companheiro. Chegou mesmo a imaginar que casaria com algum homem com quem tivesse afinidades. Há muito, porém, deixara de acreditar que existisse o amor cantado em versos românticos. Era muito pragmática para esse tipo de expectativa. Até conhecer Pedro. A princípio achou que seria mais um namorado. Depois imaginou que ele pudesse até ser a p

Me lixando para as analogias

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Uma andorinha só não faz verão Um só pinheiro não dá carvão Minha verdade, a sua não. Com quantos olhares se faz a paixão. As muitas pontas de um só melão Viola, violino e rabecão Um só plástico não é extrusão Ora vá lamber sabão

Contículo gradativo

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Tudo começou no meu quarto, onde concebi as idéias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o país, o mundo... E a desejar o próprio Universo... Era apenas uma questão de dinheiro.O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário, a partir daí bastava comprar, arrematar, conquistar, assumir, tomar cada um dos seres e das coisas da face da Terra. É verdade, encontrei resistência, repulsa, asco, nojo, aversão ao meus ideais. Cheguei mesmo a ouvir de um velho amigo: " - Meu caro, para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme... Menos que isso! Uma bactéria! Um vírus!... " O que não impedia que meu coração chegando de desejos. Latejando, batendo, restrugindo inflamado pela sede do poder, domínio, comando, autoridade, desistisse facilmente. Não poderia aguardar que idade madura converte-se esse desiderato, essa cobiça, essa ambição em em terra, em cinzas, em pó, em sombra, em nada. Surpreso, admirava o meu porte, sentindo-me vivo, o maior, o in

Além mar

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Vamos ver, voar, velejar Vamos molhar os pés no mar. Ondas nos esperam, amantes, Entre vagas ilhas distantes Inventar novos amores. Desinventar todas as dores. Sermos beijados pelos ventos Metamorfose dos tormentos Esquecer que o mundo insiste em negar que o amor existe

Unidos jamais serão vencidos

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Faltando menos de um mês para o dia dos namorados (nem queiram saber minha opinião a esse respeito) foi lançando em São Paulo o Movimento dos Sem Namorados* (MSN, aliás uma sigla muito sugestiva em tempos de namoros virtuais), com direito a uma passeata no Ibirapuera que reuniu cerca de 3 mil militantes (será esse o termo mais correto, ou devo usar namorantes?). O evento foi acompanhado por toda a mídia, com direito a entrevistas estapafúrdias com várias pessoas que pagaram o mico de aparecer na TV com os pedidos mais apelativos possíveis (não existe mais o namoro na TV ?) Não faltaram comparações com o MST , infelizmente todas muito superficiais. Afinal, se o MSN pretende ter a mesma projeção que o seu equivalente da reforma agrária, deveriam se ater a alguns pontos importantes. O primeiro ponto é a ideologia marxista ortodoxa. Se é a existência que define consciência, logo os namorantes deveriam aprender com sua prática solitária a construir sua luta. Além disso alguns conceitos sob

teu coração na minha mão

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teu coração na minha mão (ou melhor, no meu coração) jamais sem ele(onde quer que eu vá ele vem, amor, o que quer que faça eu, é o teu fazer, querida minha) temo sem destino (que destino a ti, amada) quero sem mundo (que do mundo és a beleza, vero ardor) sejas tu a lua que me dá significado seja o que cantar o sol, canta a ti eis o segredo de todos desconhecido (a raiz das raízes, pétala das pétalas céu dos céus da árvore da vida; cresce além do que a alma espera ou a mente esconde) esse é o mistério que mantém as estrelas além. teu coração na minha mão (melhor, no meu coração) Se você é daqueles que prefere os originais às minhas traições, aí vai: i carry your heart with me(i carry it in my heart)i am never without it(anywhere i go you go,my dear; and whatever is done by only me is your doing,my darling) i fear no fate(for you are my fate,my sweet)i want no world(for beautiful you are my world,my true) and it's you are whatever a moon has always meant and whatever a sun will alwa

A óleo

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Jaime era um chato longo, com quase dois metros de altura. Quando criança já era chamado de chato curto, com suas idéias planas e seu moralismo quadrado. Nunca se arriscara a pensamentos chanfrados e o seu leque de imaginação era muito limitado. O que não significava que alguém pudesse destrinchá-lo. Sua única distração era comer línguas de gato ouvindo pelenesas. Antonia era redonda. Redonda e curta. Seu cabelo pontas chatas pareciam ter saído de uma batedor. Sempre se vestia de sedas, como um pituá. Mas vivia cometendo gafes. Porém, quando se encontravam diluiam-se um pelo outro. Roçavam suas espátulas sobre tecidos entretelados numa paleta cromática que não se coadunava com suas vidas cheirando a aguarrás e linhaça. A técnica de ambos abrangia cerca de 114 matizes disponíveis, além de conjugar harmoniosamente umas com as outras mantinham um amor consistente, cheio de textura e brilho que parecia nunca secar. Ainda que em alguns momentos fossem mais brilhantes e, em outros, um tanto

...por fin me necesites

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Meus amigos e leitores sabem que eu não costumo copiar textos, muito pelo contrário, aderi à campanha pela originalidade nos blogs (veja o selo ao lado). Hoje vou abrir uma exceção. Acabei de saber da morte de um dos poetas do meu coração, o uruguaio Mário Benedetti , a quem me referia como o meu velhinho querido. Deixo aqui como homenagem um dos seus poemas mais conhecidos e mais amados. Táctica y estrategia Mi táctica es mirarte aprender como sos quererte como sos mi táctica es hablarte y escucharte construir con palabras un puente indestructible mi táctica es quedarme en tu recuerdo no sé cómo ni sé con qué pretexto pero quedarme en vos mi táctica es ser franco y saber que sos franca y que no nos vendamos simulacros para que entre los dos no haya telón ni abismos mi estrategia es en cambio más profunda y más simple mi estrategia es que un día cualquiera mo sé cómo ni sé con qué pretexto por fin me necesites. Mário Benedetti Paso de los Toros - 14 de setembro de 1920 Montevideo - 17

Na transversal

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Seria um abuso da minha parte alegar que o poeta John Donne era um sujeito sem imaginação. muito pelo contrário, sua obra é notável por seu estilo sensual e realista, incluindo-se sonetos, poesia amorosa, poemas religiosos, traduções do latim, epigramas, elegias, canções, sátiras e sermões. Comparado a seus contemporâneos ele só pode ser considerado inferior ao bardo de Stratford. Porém, e em tudo há sempre um porém, tenho de admitir que o nosso amigo sofresse de uma certa falta de conhecimento a respeito da geometria, especialmente quando se referia à mulher amada. Numa das suas mais conhecidas elegias (a de número XX) ele pede licença para uma exploração anatômica dizendo: Licence my roving hands, and let them go Before, behind, between, above, below. Os irmãos Campos, conhecidos tradutores de poesia, assim trairam o texto de Donne Deixe que minha mão errante Adentre atrás, na frente, Em cima, em baixo, entre. E aí eu me pergunto, porque o João se limitou apenas a essas direções

Aforismos imanentes

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Nenhuma generalização explica alguma coisa. Nem essa. O mal não foi criado por Deus, mas ele não existiria sem Deus. Argumentos errados não servem para defender ideias nobres. Se diferença de ponto de vista fosse sinônimo de justiça teríamos de admitir que o ponto de vista de Hitler era justo. No espelho estão a maioria das respostas sobre o que não entendemos nos outros Nem sempre uma tempestade anuncia más notícias Quem não tem fé em nada acredita em qualquer coisa. Quem acredita que precisa fazer uma opção entre o amor e a felicidade, é porque não tem nenhum dos dois.

Incondicional

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Poderia ter sido um descuido Poderia ter sido um acidente Poderia ter sido obra do acaso Poderia ter sido apenas descaso Poderia ter sido coincidência Poderia ter sido mera ausência Poderia ter sido prazer estético Poderia ter sido acordo ético Poderia ter sido uma saudade Poderia ter sido ingenuidade Poderia ter sido tudo que não foi Porque foi o que não poderia ser Porque foi o que não seria Acabou sendo pura magia

Homicítrico

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Um dia, em algum lugar do mundo, alguém que não tinha mais o que fazer descobriu que existia uma certa afinidade entre o sumo do limão e os frutos do mar. Alguns alegam que foi Robinson Crusoe, outros que foi Gulliver. Seja qual deles for ou qualquer outro náufrago solitário, sua invenção deveria ter ficado enterrada e perdida. Mas não ficou e, desde então, as pessoas passaram a usar a rutácea como tempero de peixes, siris, lulas e outros monstros abisssais. Não teria se transformado em um desastre completo se um desavisado não tivesse tido a idéia de pingar o suco de limão depois do prato pronto e, pior, achar bom. A partir daí todos os restaurantes de praia, de Almeriana à Barra do Chuí passaram a enfeitar os seus pratos com rodelas de limão. E nunca mais ninguém soube qual era o sabor original dos seres marinhos, tão pouco dos temperos em que foram feitos. Repare bem. Um sujeito recebe sua casquinha de siri, que o cozinheiro teve o trabalho de refogar em leite de côco e coentro, ac

Conticulóides destemperados

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Damasco Olhou para ela e, enrubescido, declarou o seu amor. Só recebeu silêncio. Um dia ainda teria a coragem de trocar a fotografia pela mulher real. Pimenta rosa Todos os dias Gérson reclamava da comida que a empregada fazia. Mara ouvia, e prometia que iria resolver o problema. Morreu sem saber que era ela, e não a empregada, que cozinhava. Alecrim Antonio tremeu quando viu o vidro de pó branco no quarto da filha. Pôs na boca, não reconheceu o gosto. Jogou tudo fora. No meio da noite foi acordado com gritos : quem sumiu com o meu pó imediato do chá ? Pimenta verde Joana chorava copiosamente quando a mãe chegou em casa. - Mamãe, o Renato me mandou um vaso de flores... - Isso é tão bonito... por que o choro? - Espinhos, mamãe, espinhos com folhagem de urtiga Ameixas Quando menina ela gostava de se esconder no porão da casa da fazenda. Ali derramava suas lágrimas secretas e os seus sonhos infantis. Mandou derrubar a casa e queimar todas as velharias que estavam no porão no dia em que e

Abaixo o copy/paste

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Em pleno mar

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'Stamos em pleno mar... Dois infinitos Ali se estreitam num abraço insano, Azuis, dourados, plácidos, sublimes... Qual dos dous é o céu? qual o oceano?... (Castro Alves) ´Stamos defronte o mar, no azul do horizonte vemos ilhas a vagar, como se um cortejo fossem em direção a um ponto de fuga de um azimute imaginário. Seu olhar mirava, ao longe, o farol. ´Stamos defronte o mar nuvens brancas sobre o monte são piruetas a rodar. O vento brinca de desenhar imagens de algodão doce. Seu olhar mirava, ao longe, o farol. ´Stamos defronte o mar os pé sujos pela areia se confundem no caminhar. Rabiscos incompreensíveis descrevem sentimentos que não se explicam. Seu olhar mirava, ao longe, o farol. ´Stamos defronte o mar, nem mesmo a lua, que começa a surgir, crê ser possível tanta emoção. O farol, ao longe, se acende com a luz do seu olhar. A imagem é detalhe de uma pintura de Vírginia Susana Fantoni Ribeiro

Atividades musculares

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Não sei porque as pessoas insistem em tentar explicar o amor. Mais do que explicar, algumas ainda se arrogam o direito de serem especialistas no assunto. Psicólogos, analistas, terapeutas de casais e cartomantes disputam essa fatia de mercado. O verdadeiro profissional do amor deveria ser um myxólogo, profissão, que eu saiba, ainda não existe. Explico melhor. Toda atividade amorosa é simplesmente uma ação muscular. Desde os primeiros olhares lânguidos até a consecução da conjunção carnal. Sendo uma atividade muscular, deveria ser estudada pelos especialistas em músculos (em grego, algo equivalente a myx no nosso alfabeto, no deles é μυ ξ ). Acompanhe o meu raciocínio (ou a falta dele): O músculo funciona pela contração e extensão das suas fibras e caraterizam-se pela sua contratibilidade, o que provoca a aquilo que chamamos de dor no coração (músculo estriado).Também provoca dores de estômago (músculo liso) que alguns poetas chamam de dores na alma, mas isso é só um licença poética.

Renovação filológica

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Dizem por aí que as línguas (idiomas, não o órgão muscular localizado na parte ventral da boca) são entidades vivas. Tudo bem, eu sei que algumas são consideradas mortas, aliás tem uma belíssima natureza morta do Léger em cujo centro estão as letras ABC... De qualquer forma, se são vivas, isso significa que os meus dicionários estão se tornando anacrônicos e, por isso mesmo, fui instigado a um movimento de renovação filológica. O mais antigo, de uso corriqueiro, que eu tinha era o Oxford Advanced Learner´s . O pobre coitado, já detonado pelo uso constante nos últimos 35 anos, foi substituído por uma belíssimo exemplar do MacMillan que, além da versão em papel, ainda veio cheio de recursos para uso no computador, até mesmo pios de corujas. Meu Aurélio velho de guerra precisa de uma reposição, ainda mais depois dos recentes ataques, incultos e nada belos, sofridos pelo pátrio idioma. Minha primeira tentativa não foi bem sucedida, descobri que nem o Aurélio, nem o Uais (sim, assim que s

Falar mais o que ?

Technicolor

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Geraldo gostava de branco. Sílvia de cores. Durante todas suas vidas trocaram presentes onde um tentava seduzir o outro para as suas preferências. Ele alegava que o branco sintetizava todo o espectro cromático dela. Ela se definia como o prisma que o decompunha em detalhes. Ele lhe dava vestidos brancos. Ela retribuia com gravatas coloridas. Ele tomava leite puro. Ela fazia vitaminas de frutas. Ele comprava pérolas. Ela usava esmeraldas, ametistas e rubis. Ele arrumava a cama com puro linho. Ela completava com cobertores multicor. Um dia ela chegou em casa e encontrou o vaso repleto de flores. Em meio a todas as cores que adorava, misturavam-se flores brancas. Brancas e coloridas bebiam da mesma água. Apoiavam-se umas nas outras. Tocavam-se como que trocando carícias. No escuro da sala, ele a olhava estática diante da cena. Concordaram que a felicidade é daltônica.

A paregórica antologia de Abril

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Caso você esteja caindo de paraquedas nesse blog não estranhe. Todos os meses seleciono os melhores comentários do mês anterior e recomendo aos leitores que, ao invés de buscar sua origem, imaginem uma história para cada frase. Divirta-se ...a mestranda aqui tá se sentindo parte da diarréia do chato Consigo ver, acredite, os microrganismos unicelulares procariotas ...a insanidade individual não é exatamente uma exceção Sabe que eu fico frustrada quando não entro na listinha? Só pra confirmar: Tatu sua? Acho que fazia parte da tortura a que éramos submetidos Por indução, e partindo de inferências, cheguei a uma proposição é que alma dançando não me parece acontecer... Fiquei com medo de que a história não tivesse um final feliz. Fala sério. "de forma edaz" é de lascar. Os magnoliófitos vingativus me deixam toda empipocada. eu possuía grandes olhos intimidadores... Você não tem idéia do quanto elas fazêm cocô. Daria para você emprestar a prima Virginia?

Hai Kais fantásticos

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Sonho de paixão Soam os tambores Ternura desmesurada Espalhada em mim Um baile Marcava compasso Tua mão nervosa e doce Olhares em festa Cena no campo Rústica canção Pastores flores pueris Chovem primaveras Marcha do cadafalso Clima de tensão Sombras, nuvens e trovões Desejo feroz Sonho de uma noite de sábado Foi bonita a festa tantas cores, sons, sabores. Tempestade enfim * Haikai (Haïku ou Haicai) é um forma poética de origem japonesa, surgida por volta do século XVI, que valoriza a concisão. O haikai é a arte de dizer o máximo com o mínimo. Cada haikai capta um momento de experiência, um instante em que o simples subitamente revela a sua natureza interior e nos faz olhar de novo o observado, a natureza humana, a vida. O grande mestre haikaista foi Matsuô Bashô (1644-1694). É um poema de três versos, escrito em linguagem simples, sem rima, com dezessete sílabas poéticas (sendo cinco no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro), e com uma referência à natureza expressa por